sábado, 27 de abril de 2024

Rāga-vartma-candrikā - Favoráveis e Desfavoráveis / Favorable and Unfavorable

1 - Estes dois versos do BRS 1.2.291.292 descrevem Lobha, o ponto de partida de Raganuga Bhakti. Esta Lobha pode surgir em qualquer estágio, mas é mais comum surgir entre Bhajana Kriya e o final de Anartha Nrvitti, ou Nistitha Bhajana Kriya.

2 - Existe um equívoco de que os Raganuga Sadhakas não seguem as injunções das escrituras. Quando Sri Rupa, Sri Jiva e Sri Visvanatha descrevem aqui, no caso de Lobha, que eles não seguem as injunções escriturais é porque o fazem por atracção pessoal, sem ser uma imposição escritural.

No entanto, Raganuga Sadhakas após despertar Lobha seguem todos os preceitos das escrituras. 16 voltas, 4 princípios, mangal arati, distribuição de livros, etc, etc.

Quando se diz que eles não seguem as escrituras está apenas se referindo ao facto de que eles não praticam somente 3 coisas: Mudras, Nyasa e não se absorvem nos passatempos de Dvaraka. O resto é tudo igual.

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Outra tradução do mesmo comentário de Sri Jiva Gosvami:

"Quando uma pessoa percebe alguma coisa da doçura do amor e das actividades dos habitantes de Vraja através de ouvir as escrituras como o Bhagavatam, que descreve estes devotos siddha, sua inteligência pode não dar importância aos preceitos das escrituras (sastram) e lógica (yuktim), embora a lógica seja certamente empregada."

(BRS 1.2.292)

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No Rāga-vartma-candrikā 1.11,12,13,14, Śrīla Viśvanātha Cakravartī explica:

"(1) Svābhīṣṭa-bhāvamaya (composto pelo humor desejado de alguém) – Quando śravaṇa, kīrtana e outras práticas de bhakti estão saturadas com um dos bhāvas primários (dāsya, sakhya, vatsālya ou mādhurya), elas nutrem a árvore do futuro prema do sādhaka. Neste momento, elas são chamadas de bhāvamaya-sādhana. Quando prema se manifesta, elas são chamadas de bhāvamaya-sādhya.

(2) Svābhīṣṭa-bhāva-sambandhī (relacionado ao humor desejado) – As práticas de bhakti, incluindo guru-padāśraya, mantra-japa, smaraṇa, dhyāna e assim por diante, são conhecidas como bhāva-sambandhīsādhana. Como seguir votos em dias sagrados como Ekādaśī e Janmāṣṭamī auxilia a prática de smaraṇa, isto é considerado bhāva-sambandhī parcial.

(3) Svābhīṣṭa-bhāva-anukūla (favorável ao humor desejado) – Usar colares feitos de tulasī, aplicar tilaka, adotar os sinais externos de um Vaiṣṇava, servir Tulasī, realizar parikramā, oferecer praṇāma e assim por diante são bhāva-anukūla.

(4) Svābhīṣṭa-bhāva-aviruddha (nem oposto nem incompatível com o humor desejado) – Respeitar as vacas, a figueira-da-índia, a árvore myrobalan e os brāhmaṇas são práticas propícias e, portanto, chamadas de bhāva-aviruddha.

Os tipos de práticas espirituais acima mencionados (1–4) devem ser adotados na execução de bhajana.

(5) Svābhīṣṭa-bhāva-viruddha (oposto ao humor desejado)- Ahaṅgrahopāsanā (considerar-se idêntico ao objecto de adoração), nyāsa (atribuição mental de diferentes partes do corpo a várias deidades), mudrā (posições particulares de entrelaçamento dos dedos), dvārakā-dhyāna (meditação sobre os passatempos de Kṛṣṇa em Dvārakā) e outras práticas como prāṇāyāma elaborado devem ser abandonadas na execução de rāgānuga-bhakti, porque opõem-se à obtenção do bhāva desejado."


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1 - These two verses of BRS 1.2.291,292 describe Lobha, the starting point of Raganuga Bhakti. This Lobha can arise at any stage, but it is most common to arise between Bhajana Kriya and the end of Anartha Nrvitti, or Nistitha Bhajana Kriya.

2 - There is a misconception that Raganuga Sadhakas do not follow scriptural injunctions. When Sri Rupa, Sri Jiva and Sri Visvanatha describes here, in the case of Lobha, that they do not follow scriptural injunctions it is because they do so out of personal attraction without being a scriptural imposition.

However, Raganuga Sadhakas after awakening Lobha follow all the precepts of the scriptures. 16 rounds, 4 principles, mangal arati, book distribution, etc, etc. All the same.

When it is said that they do not follow the scriptures it is only referring to that they do not do 3 things only: Mudras, Nyasa and absorb themselves in the pastimes of Dvaraka. The rest is all the same.

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Another translation of the same commentary of Sri Jiva Gosvami:

"When a person realizes to some degree the sweetness of the love and activities of the inhabitants of Vraja through hearing from the scriptures such as Bhagavatam, which describe these siddha devotees, his/her intelligence may develop disregard for the injunctions of scripture (sastram) and logic (yuktim), though logic is certainly employed."
(BRS 1.2.292)

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In Rāga-vartma-candrikā 1.11,12,13,14 Śrīla Viśvanātha Cakravartī explains:

"(1) Svābhīṣṭa-bhāvamaya (composed of one’s cherished mood)–When śravaṇa, kīrtana and other such limbs of bhakti are saturated with one of the primary bhāvas (dāsya, sakhya, vatsālya or mādhurya), they nourish the tree of the sādhaka’s future prema. At that time, they are called bhāvamaya-sādhana. When prema manifests, they are called bhāvamaya-sādhya.

(2) Svābhīṣṭa-bhāva-sambandhī (related to one’s desired mood) –The limbs of bhakti, including guru-padāśraya, mantra-japa, smaraṇa, dhyāna and so on, are known as bhāva-sambandhīsādhana. Because the following of vows on holy days such as Ekādaśī and Janmāṣṭamī assists the limb of smaraṇa, it is considered partial bhāva-sambandhī.

(3) Svābhīṣṭa-bhāva-anukūla (favourable to one’s desired mood)–Wearing neckbeads made of tulasī, applying tilaka, adopting the outward signs of a Vaiṣṇava, serving Tulasī, performing parikramā, offering praṇāma and so forth are bhāva-anukūla.

(4) Svābhīṣṭa-bhāva-aviruddha (neither opposed to nor incompatible with one’s desired mood)–Respecting cows, the banyan tree, the myrobalan tree and brāhmaṇas are conducive limbs and therefore called bhāva-aviruddha.

The aforementioned (1–4) kinds of spiritual practices are all to be adopted in the performance of bhajana.

(5) Svābhīṣṭa-bhāva-viruddha (opposed to one’s desired mood)- Ahaṅgrahopāsanā (considering oneself identical with the object of worship), nyāsa (mental assignment of different parts of the body to various deities), mudrā (particular positions of intertwining the fingers), dvārakā-dhyāna (meditation on Kṛṣṇa’s pastimes in Dvārakā) and other such limbs as elaborate prāṇāyāma should be abandoned in the performance of rāgānuga-bhakti, because they are opposed to the attainment of one’s cherished bhāva."

Três Corpos Siddha - Three Siddha Bodies


Três
Corpos Siddha !!!

Imagem: Kiśorī Rādhā por Vṛndāvana Dāsa. Nossa amada Svāmini Rādhā com Seu Sārī azul escuro (para recordar Kṛṣṇa) e Seu Colī vermelho (que indica Sua paixão por Kṛṣṇa), na exuberante e deslumbrante floresta de Vṛndāvana !!!

Entre vários conceitos errados que envolvem Rāgānugā-bhakti, um deles é que, como o Siddha-deha só é realmente realizado em Bhāva, cria-se a noção errada de que a meditação no mesmo só começa a partir daí.

Mas a realização em Bhāva só acontece porque houve uma meditação e cultivo anteriores.

De facto, Bhāva só é alcançada se houver este cultivo em etapas anteriores, caso contrário não se alcança nada.

O praticante alcança no final o que cultivou anteriormente.

Existem três corpos Siddha:

1 - Siddha deha - o cultivo ou o corpo almejado.

2 - Svarūpa-siddhi - a realização do Siddha-deha em Bhāva.

3 - Vastu-siddhi - a realização final do Siddha-deha em Prema.

Isto é confirmado por todos os Ācāryas que respondem em coro:

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1 - SIDDHA-DEHA - Niṣṭhā, Ruci, Āsakti

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Śrīla Rūpa Gosvāmī

Bhakti-rasāmṛta-sindhu (1.2.295):

sevā sādhaka-rūpeṇa
siddha-rūpeṇa cātra hi
tad-bhāva-lipsunā kāryā
vraja-lokānusārataḥ

"Ao seguir os habitantes de Vraja, deve-se prestar serviço com seu corpo físico e com seu corpo Siddha, com o desejo por um Bhāva específico."

O significado da forma Sādhaka é evidente, isto significa o corpo físico actual. No entanto, o conceito da forma Siddha merece uma análise mais aprofundada. Como é que se pode servir numa forma Siddha, se a pessoa não atingiu a perfeição (Siddhi)?

Afinal, o devoto(a) Siddha é aquele que alcançou Prema, e este verso aparece numa secção que descreve Sādhana-bhakti. Não é isto um oxímoro?

Pois, isto é assim porque o Siddha-deha é um corpo almejado e cultivado. Ainda não foi obtido. É exactamente isto, almejado na fase de Sādhana.

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Para este verso, os comentadores (Śrīla Jīva Gosvāmī, Śrīla Mukunda Gosvāmī e Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura) respondem todos a mesma coisa:

siddha-rūpeṇa antaś-cintitābhīṣṭa-tat-sevopayogi-dehena ||

"A forma Siddha significa uma forma internamente pensada e desejada, um corpo interno adequado para o Seu serviço."

Aqui, a palavra "abhīṣṭa", "desejada", revela que estamos a falar de algo que ainda está para ser alcançado. É almejado.

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Śrīla Narottama Dāsa Ṭhākura

O conceito é evidenciado por Śrīla Narottama Dāsa Ṭhākura no seu Prema-bhakti-candrikā 55:

sādhana bhāvibo yāhā, siddha-dehe pābo tāhā |
rāga pathera ei se upāya ||

"Seja qual for o humor do Siddha-deha que se almeje durante o Sādhana é o que se alcança no estágio perfeito. Este é o método para aqueles no caminho de Rāgānugā-bhakti."

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Śrīla Kṛṣṇadāsa Kavirāja Gosvāmī

Ao cantar o Santo Nome, o Sādhaka desenvolve desejos espirituais de serviço e, assim, "cria, fabrica e constrói" (Parikalpya) seu próprio Siddha-deha no qual medita.

Em seu Sāraṅga Raṅgadā-ṭīkā do Kṛṣṇa Karṇāmṛta (de Śrī Bilvamaṅgala Ṭhākura) (3), Śrīla Kṛṣṇadāsa Kavirāja Gosvāmī (que é Vaiṣṇava Gauḍīyā) diz:

rāgānugā mārge anutpanna rati sādhaka bhaktair api svepsita siddha dehaṁ manasi parikalpya

"No caminho de Rāgānugā, mesmo um Sādhaka Bhakta que ainda não tem Rati pode pensar e meditar em seu próprio Siddha-deha desejado e criado."

Então ele continua:

jāta ratīnāṁ tu svayam eva tad deha sphūrteḥ

“Quando Rati surgir, este corpo será automaticamente revelado.”

Aqui a palavra Parikalpya é extremamente importante. Parikalpya significa o Siddha-deha construído, fabricado, criado pelo próprio Sādhaka. Almejado.

E assim, o Sādhaka pensa e medita nos 11 (Ekādaśa) aspectos do seu Siddha-deha.

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Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura

No Hari-nāma Cintāmaṇi, Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura explica em 15.93 que o Sādhaka medita no Siddha-deha como Smaraṇa inicial em Niṣṭhā e medita no Siddha-deha em Samādhi quando alcança Svarūpa-siddhi em Bhāva.

Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura explica que a lembrança (Smaraṇa) do Siddha-deha na fase inicial é inconsistente e imperfeita. Às vezes podemos lembrar e às vezes há distracção. 

Ele explica que a meditação no Siddha-deha vai se tornando mais intensa com a progressão por Smaraṇa, depois Dhāraṇā, depois Dhyāna, depois Anusmṛti e no final Samādhi. 

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Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura

"Aqueles que cantam os Santos Nomes purificam os Anarthas. Ao fazer isto, eles devem cantar os Santos Nomes de acordo com o gosto do seu relacionamento pessoal (Rasa) com o Senhor (no estágio de Sādhana-bhakti).

Depois, desta forma, eles alcançarão o estágio de Bhāva-bhakti, o estágio preliminar do amor a Deus, que também é chamado de Rati permanente."

(Amṛta Vāṇī - Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Gosvāmī Mahārāja)

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Śrīla A.C. Bhaktivedānta Svāmī Prabhupāda

"Discípulo: Então Śrīla Prabhupāda, um devoto neófito, ele pode pensar que poderia ser muito bom ser um amigo de Kṛṣṇa, mas ele poderá realmente ser uma folha de grama e ele estará totalmente satisfeito quando chegar a este estágio?

Śrīla Prabhupāda: Não. Mas quando, no momento do serviço devocional, se tal ímpeto vem, isto significa que ele tem esta relação. E ele deve desenvolvê-la. Isto é tudo. Isto significa que a relação real com Kṛṣṇa está surgindo gradualmente. Está sendo desenvolvida. Então, é preciso desenvolvê-la, seguindo os passos dos amigos de Kṛṣṇa em Vṛndāvana. Isto é descrito aqui."

(Palestra Śrīmad-Bhāgavatam 6.3.16-17, Gorakhpur, 18 de Fevereiro de 1971)

Estão todos os Ācāryas estão em sintonia !!! Muito claro !!!

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2 - SVARŪPA-SIDDHI - a realização do Siddha-deha almejado que ocorre em Bhāva e nos estágios iniciais de Prema.

Esta é a forma e identidade espiritual plenamente realizada para a participação directa em Aṣṭa-kālīya-līlā através da meditação em Samādhi, enquanto a pessoa ainda está dentro dos corpos físico e subtil.

Quando alguém alcança Bhāva, esta forma espiritual é concedida directamente por Kṛṣṇa exactamente de acordo com os desejos e preferências do praticante, previamente cultivados quando meditava em seu Siddha-deha durante Rāgānugā-sādhana-bhakti.

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3 - VASTU-SIDDHI - Prema em Bhauma-līlā e Aprakaṭa-līlā

Quando estivermos completamente livres dos corpos materiais físico e subtil, nasceremos de uma Nitya-siddha Vraja Gopī e, neste corpo e identidade transcendentais, nos ocuparemos directamente nos passatempos eternos manifestos de Kṛṣṇa (Prakaṭa-nitya-līlā) em um planeta terrestre.

Depois que nosso Prema é totalmente aperfeiçoado ali, somos transferidos para os eternos e imanifestos passatempos (Aprakaṭa-nitya-līlā) no Mundo espiritual com o corpo eterno final.

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Esta é a ordem de como as coisas funcionam !!!


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Three Siddha Bodies !!!

Image: Kiśorī Rādhā by Vṛndāvana Dāsa. Our beloved Svāmini Rādhā with Her dark blue Sārī (to remember Kṛṣṇa) and Her red Colī (which indicates Her passion for Kṛṣṇa), in the lush and dazzling forest of Vṛndāvana !!!

Among several misconceptions surrounding Rāgānugā-bhakti, one of them is that, as Siddha-deha is only really realized in Bhāva, the wrong notion is created that meditation on it only begins from there.

But realization in Bhāva only happens because there has been previous meditation and cultivation.

In fact, Bhāva is only achieved if there is this cultivation in previous stages, otherwise nothing is achieved.

The practitioner ultimately achieves what he/she previously cultivated.

There are three Siddha bodies:

1 - Siddha deha - the desired cultivated body.

2 - Svarūpa-siddhi - the realization of Siddha-deha in Bhāva.

3 - Vastu-siddhi - the final realization of Siddha-deha in Prema.

This is confirmed by all the Ācāryas who respond in chorus:

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1 - SIDDHA-DEHA - Niṣṭhā, Ruci, Āsakti

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Śrīla Rūpa Gosvāmī

Bhakti-rasāmṛta-sindhu (1.2.295):

sevā sādhaka-rūpeṇa
siddha-rūpeṇa cātra hi
tad-bhāva-lipsunā kāryā
vraja-lokānusārataḥ

"When following the inhabitants of Vraja, one should render service with one's physical body and with one's Siddha body, with the desire for a specific Bhāva."

The meaning of the Sādhaka form is clear, this means the actual physical body. However, the concept of the Siddha form deserves further analysis. How can one serve in a Siddha form if one has not attained perfection (Siddhi)?

After all, the Siddha devotee is one who has attained Prema, and this verse appears in a section describing Sādhana-bhakti. Isn't this an oxymoron?

Well, this is so because Siddha-deha is a desired and cultivated body. It has not yet been obtained. This is exactly what we aim for in the Sādhana stage.

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To this verse, the commentators (Śrīla Jīva Gosvāmī, Śrīla Mukunda Gosvāmī and Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura) all respond the same thing:

siddha-rūpeṇa antaś-cintitābhīṣṭa-tat-sevopayogi-dehena ||

"The Siddha form means an internally thought and desired form, an internal body fit for His service."

Here, the word "abhīṣṭa", "desired", reveals that we are talking about something that is yet to be achieved. It is being desired.

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Śrīla Narottama Dāsa Ṭhākura

The concept is evidenced by Śrīla Narottama Dāsa Ṭhākura in his Prema-bhakti-candrikā 55:

sādhana bhāvibo yāhā, siddha-dehe pābo tāhā |
rāga pathera hey se upāya ||

"Whatever mood of Siddha-deha one strives for during Sādhana is what is achieved in the perfect stage. This is the method for those on the path of Rāgānugā-bhakti."

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Śrīla Kṛṣṇadāsa Kavirāja Gosvāmī

By chanting the Holy Name, the Sādhaka develops spiritual desires for service and thus "creates, fabricates and constructs" (Parikalpya) his/her own Siddha-deha on which he/she meditates.

In his Sāraṅga Raṅgadā-ṭīkā of Kṛṣṇa Karṇāmṛta (from Śrī Bilvamaṅgala Ṭhākura) (3), Śrīla Kṛṣṇadāsa Kavirāja Gosvāmī (who is Gauḍīyā Vaiṣṇava) says:

rāgānugā mārge anutpanna rati sādhaka bhaktair api svepsita siddha dehaṁ manasi parikalpya

"On the path of Rāgānugā, even a Sādhaka Bhakta who does not yet have Rati can think and meditate on his/her own desired and created Siddha-deha."

Then he continues:

jāta ratīnāṁ tu svayam eva tad deha sphūrteḥ

“When Rati emerges, this body will automatically be revealed.”

Here the word Parikalpya is extremely important. Parikalpya means the constructed, fabricated, created Siddha-deha of the Sādhaka himself/herself. Desired.

And so, the Sādhaka thinks and meditates on the 11 (Ekādaśa) aspects of his/her Siddha-deha.

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Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura

In the Hari-nāma Cintāmaṇi, Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura explains in 15.93 that the Sādhaka meditates on the Siddha-deha as initial Smaraṇa in Niṣṭhā and meditates on the Siddha-deha in Samādhi when he/she attains Svarūpa-siddhi in Bhāva.

Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura explains that the remembrance (Smaraṇa) of the Siddha-deha in the initial phase is inconsistent and imperfect. Sometimes we can remember and sometimes there is distraction.

He explains that meditation on Siddha-deha becomes more intense with the progression through Smaraṇa, then Dhāraṇā, then Dhyāna, then Anusmṛti and at the end Samādhi.

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Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura

"Those who chant the Holy Names purify the Anarthas. In doing so, they should chant the Holy Names according to the taste of their personal relationship (Rasa) with the Lord (at the stage of Sādhana-bhakti).

Then in this way they will reach the stage of Bhāva-bhakti, the preliminary stage of love for God, which is also called permanent Rati."

(Amṛta Vāṇī - Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Gosvāmī Mahārāja)

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Śrīla A.C. Bhaktivedānta Svāmī Prabhupāda

"Disciple: So Śrīla Prabhupāda, a neophyte devotee, he may think that it could be very good to be a friend of Kṛṣṇa, but he can really be a blade of grass and will he be completely satisfied when he reaches this stage?

Śrīla Prabhupāda: No. But when, at the time of devotional service, if such an impetus comes, it means that he has this relationship. And he must develop it. That's all. This means that the real relationship with Kṛṣṇa is gradually emerging. It is being developed. Therefore, it is necessary to develop it, following in the footsteps of Kṛṣṇa's friends in Vṛndāvana. This is described here."

(Śrīmad-Bhāgavatam Lecture 6.3.16-17, Gorakhpur, February 18, 1971)

All Ācāryas synchronized !!! Crystal clear !!!

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2 - SVARŪPA-SIDDHI - the realization of the desired Siddha-deha that occurs in Bhāva and the initial stages of Prema.

This is the fully realized spiritual form and identity for direct participation in Aṣṭa-kālīya-līlā through meditation in Samādhi while one is still within the physical and subtle bodies.

When one attains Bhāva, this spiritual form is bestowed directly by Kṛṣṇa exactly in accordance with the practitioner's desires and preferences, previously cultivated when meditating on his/her Siddha-deha during Rāgānugā-sādhana-bhakti.

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3 - VASTU-SIDDHI - Prema in Bhauma-līlā and Aprakaṭa-līlā

When we are completely free from the physical and subtle material bodies, we will be born of a Nitya-siddha Vraja Gopī and, in this transcendental body and identity, we will directly engage in the manifest eternal pastimes of Kṛṣṇa (Prakaṭa-nitya-līlā) on a terrestrial planet.

After our Prema is fully perfected there, we are transferred to the eternal and unmanifest pastimes (Aprakaṭa-nitya-līlā) in the Spiritual World with the final eternal body.

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This is the order of how things work !!!



terça-feira, 23 de abril de 2024

Madhurāṣṭakam


Madhurāṣṭakam - Vallabhācārya (one of the branches of (um dos ramos de) Gadādhara Paṇḍita) - Puṣṭimārga

adharaṃ madhuraṃ vadanaṃ madhuraṃ
nayanaṃ madhuraṃ hasitaṃ madhuraṃ ।
hṛdayaṃ madhuraṃ gamanaṃ madhuraṃ
madhurādhi-patēr akhilaṃ madhuraṃ ॥ 1 ॥

vacanaṃ madhuraṃ caritaṃ madhuraṃ
vasanaṃ madhuraṃ valitaṃ madhuraṃ ।
calitaṃ madhuraṃ bhramitaṃ madhuraṃ
madhurādhi-patēr akhilaṃ madhuraṃ ॥ 2 ॥

vēṇur madhuro rēṇur madhuraḥ
pāṇir madhuraḥ pādau madhurau ।
nṛtyaṃ madhuraṃ sakhyaṃ madhuraṃ
madhurādhi-patēr akhilaṃ madhuraṃ ॥ 3 ॥

gītaṃ madhuraṃ pītaṃ madhuraṃ
bhuktaṃ madhuraṃ suptaṃ madhuraṃ ।
rūpaṃ madhuraṃ tilakaṃ madhuraṃ
madhurādhi-patēr akhilaṃ madhuraṃ ॥ 4 ॥

karaṇaṃ madhuraṃ taraṇaṃ madhuraṃ
haraṇaṃ madhuraṃ ramaṇaṃ madhuraṃ ।
vamitaṃ madhuraṃ śamitaṃ madhuraṃ
madhurādhi-patēr akhilaṃ madhuraṃ ॥ 5 ॥

guñjā madhurā mālā madhurā
yamunā madhurā vīcī madhurā ।
salilaṃ madhuraṃ kamalaṃ madhuraṃ
madhurādhi-patēr akhilaṃ madhuraṃ ॥ 6 ॥

gopī madhurā līlā madhurā
yuktaṃ madhuraṃ muktaṃ madhuraṃ ।
hṛṣṭaṃ madhuraṃ śiṣṭaṃ madhuraṃ
madhurādhi-patēr akhilaṃ madhuraṃ ॥ 7 ॥

gopā madhurā gāvo madhurā
yaṣṭir madhurā sṛṣṭir madhurā ।
dalitaṃ madhuraṃ phalitaṃ madhuraṃ
madhurādhi-patēr akhilaṃ madhuraṃ ॥ 8 ॥

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1 - Os Seus lábios são doces, Seu rosto é doce, Seus olhos são doces, Seu sorriso é doce, Seu coração é doce, Seu andar é doce - Tudo é doce acerca do Imperador da doçura!

2 - As Suas palavras são doces, Seu caráter é doce, Sua vestimenta é doce, as dobras do Seu abdômem são doces, Seus movimentos são doces, Seus passeios são doces - Tudo é doce acerca do Imperador da doçura!

3 - A Sua flauta é doce, a poeira dos Seus pés de lótus é doce, Suas mãos são doces, Seus pés são doces, Sua dança é doce, Sua amizade é doce - Tudo é doce acerca do Imperador da doçura!

4 - O Seus cantar é doce, Sua vestimenta amarela é doce, Seu comer é doce, Seu dormir é doce, Sua beleza é doce, Sua Tilaka é doce - Tudo é doce acerca do Imperador da doçura!

5 - As Suas acções são doces, Sua liberação é doce, Seu roubar é doce, Seus jogos amorosos são doces, Sua oblação é doce, Sua tranquilidade é doce - Tudo é doce acerca do Imperador da doçura!

6 - A Sua Guñjā Mālā é doce, Sua guirlanda de flores é doce, Seu rio Yamunā é doce, Sua agitação é doce, Sua água é doce, Suas flores de lótus são doces - Tudo é doce acerca do Imperador da doçura!

7 - As suas Gopīs são doces, Seus passatempos são doces, Sua união é doce, Sua comida é doce, Seu encanto é doce, Sua cortesia é doce - Tudo é doce acerca do Imperador da doçura!

8 - Os Seus Gopās são doces, Suas vacas são doces, Sua equipa é doce, Sua criação é doce, o ruído de Seus passos é doce, Sua riqueza é doce - Tudo é doce acerca do Imperador da doçura!

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1 - His lips are sweet, His face is sweet, His eyes are sweet, His smile is sweet, His heart is sweet, His gait is sweet — Everything is sweet about the Emperor of sweetness!

2 - His words are sweet, His character is sweet, His dress is sweet, His belly-folds are sweet, His movements are sweet, His wandering is sweet — Everything is sweet about the Emperor of sweetness!

3 - His flute is sweet, His foot-dust is sweet, His hands are sweet, His feet are sweet, His dancing is sweet, His friendship is sweet — Everything is sweet about the Emperor of sweetness!

4 - His singing is sweet, His yellow cloth is sweet, His eating is sweet, His sleeping is sweet, His beauty is sweet, His Tilaka is sweet — Everything is sweet about the Emperor of sweetness!

5 - His deeds are sweet, His liberating is sweet, His stealing is sweet, His love-sports are sweet, His oblations are sweet, His tranquility is sweet — Everything is sweet about the Emperor of sweetness!

6 - His Guñjā Mālā is sweet, His flower garland is sweet, His Yamunā river is sweet, His ripples are sweet, His water is sweet, His lotuses are sweet — Everything is sweet about the Emperor of sweetness!

7 - His Gopīs are sweet, His pastimes are sweet, His union is sweet, His food is sweet, His delight is sweet, His courtesy is sweet — Everything is sweet about the Emperor of sweetness!

8 - His Gopās are sweet, His cows are sweet, His staff is sweet, His creation is sweet, His trampling is sweet, His fruitfulness is sweet — Everything is sweet about the Emperor of sweetness!

Jaya Śrī Rāma !!!

Mahānta


Imagem: Śrī Satyanārāyaṇa Dāsa Bābājī recebendo o título de Mahānta - 2015 !!!

"O problema com a Gauḍīya Math e seus ramos em geral é que eles pensam que mānasī sevā é sahjiyaismo e, por outro lado, os bābājis em geral pensam que sem mānasī sevā não há rāgānugā bhakti. Sinto muito, mas não subscrevo nenhum destas visões. O Vaiṣṇavismo Gaudīya é uma bagunça porque quase ninguém estuda o siddhānta."

(Mahānta Śrī Satyanārāyaṇa Dāsa Bābājī)


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Image: Śrī Satyanārāyaṇa Dāsa Bābājī being awarded the title of Mahānta - 2015 !!!

"The problem with Gauḍīya Math and its branches in general is that they think mānasī sevā is sahjiyaism, and on the other hand bābājis in general think that without mānasī sevā there is no rāgānugā bhakti. I am sorry, but I do not subscribe to any of these views. Gaudīya Vaiṣṇavism is a mess because hardly anyone studies the siddhānta."

(Mahānta Śrī Satyanārāyaṇa Dāsa Bābājī)

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Não começa em Āsakti / Does not start in Āsakti


Imagem: Śrīmatī Bhagavatī Devī Dāsī, espôsa de Kedāra-nātha Datta (Śrīla Bhaktivinoda) e mãe de Vimalā Prasāda Datta (Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī) !!!

Da próxima vez que alguém disser que sim, Rāgānugā é para praticar na fase de Sādhana-bhakti mas só em Āsakti, é só mostrar a explicação de Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura do Hari-nāma Cintāmaṇi.

Aqueles que proclamam isto, também aceitam a autoridade de Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura. 

E fica resolvido. 

Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura, Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī e Śrīla Prabhupāda explicam que Rāgānugā-bhakti e meditar no Siddha-deha começam no final de Anartha-nivṛtti e começo de Niṣṭhā.

Por cantar por 15 - 20 anos o praticante limpa os Anarthas e torna-se fixo (Niṣṭhā) em Nāma, Rūpa, Guṇa, Parikara, Sevā e Līlā. 

"Simplesmente por cantar o nome você sentirá a forma de Kṛṣṇa: "Aqui está Kṛṣṇa". Nāma, rūpa, guṇa: "Aqui estão as qualidades. Oh, Kṛṣṇa é tão qualificado. Ele é tão gentil. Ele é tão magnânimo". Tantas qualidades que você vai lembrar. Nāma, rūpa, guṇa, līlā: então Seus passatempos. "Oh, Kṛṣṇa instruiu Arjuna. Kṛṣṇa brincava com Seus vaqueirinhos. Kṛṣṇa tinha conversas muito agradáveis com as gopīs, com Sua mãe, Yaśodā."

(Aula de Śrīla Prabhupāda - Śrīmad-Bhāgavatam 6.2.11 - 16 de Janeiro 1971 - Allahabad)

Assim depois deste tempo a cantar, o praticante desperta Lobha (desejo de seguir um associado), constrói (Parikalpya) seu Siddha-deha com a confirmação do Guru e/ou devotos e continua a cantar juntamente com a meditação no Siddha-deha até alcançar a perfeição. 

Mas eles querem ser "mais Papistas que o Papa" !!!

Assunto resolvido !!!

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Hari-nāma Cintāmaṇi – 15.93

Pañca-vidha smaraṇa (Os cinco tipos de lembrança)

smaraṇa dhāraṇā dhyāna anusmṛti āra
samādhi e pañca-vidha smaraṇa prakāra

"Os cinco tipos de lembrança são smaraṇa (lembrança), dhāraṇā (lembrança constante), dhyāna (meditação), anusmṛti (lembrança constante) e samādhi (absorção total)."

Comentário de Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura:

"Smaraṇa é o estágio inicial de lembrança onde o praticante medita sobre seu ekādaśa–bhāva (siddha-deha) em relação ao seu serviço ao Casal Divino durante as oito horas do dia (aṣta–kāla). Mesmo assim, porém, esta lembrança é inconsistente e imperfeita. Às vezes podemos lembrar e às vezes há distracção.

Smaraṇa eventualmente se torna dhāraṇā, em outras palavras, dhāraṇā é um sentimento de estabilidade em smaraṇa durante o sādhana.

Dhyāna é quando alguém medita sobre todos os aspectos de um objecto específico.

Anusmṛti é quando alguém medita constantemente.

Quando isto é completamente ininterrupto, isto é, quando alguém medita apenas em kṛṣṇa–līlā e nada mais, isto é samādhi. Āpana-daśā aparece quando alguém realiza a lembrança na forma de samādhi.

Podem ser necessárias muitas yugas para uma pessoa incompetente passar por estes cinco estágios de lembrança. 

Aqueles que são dedicados podem atingir āpana–daśā em poucos dias."

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Haribol !!!

Assim temos:

Smaraṇa - medita no Siddha-deha no final de Anartha-nivṛtti e começo de Niṣṭhā (fixo em Nāma, Rūpa, Guṇa, Parikara, Sevā e Līlā depois de 15 - 20 anos a cantar).

Dhāraṇā - medita no Siddha-deha em Ruci.

Dhyāna - medita no Siddha-deha em Āsakti.

Anusmṛti - medita no Siddha-deha em Bhāva.

Samādhi - meditação ininterrupta no Siddha-deha em Prema.

O Siddha-deha só se manifesta realmente em Bhāva e Prema. Mas a meditação começa bem antes no final de Anartha-nivṛtti e começo de Niṣṭhā.

Nós só alcançamos aquilo que cultivamos. 

Quem não cultiva nada, desde o ínicio, não alcança nada !!!


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Image: Śrīmatī Bhagavatī Devī Dāsī, wife of Kedāra-nātha Datta (Śrīla Bhaktivinoda) and mother of Vimalā Prasāda Datta (Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī) !!!

The next time someone says yes, Rāgānugā is to practice in the Sādhana-bhakti stage but only in Āsakti, just show Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura's explanation of Hari-nāma Cintāmaṇi.

Those who proclaim this also accept the authority of Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura.

And it's resolved.

Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura, Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī and Śrīla Prabhupāda explain that Rāgānugā-bhakti and meditating on Siddha-deha begin at the end of Anartha-nivṛtti and beginning of Niṣṭhā.

By chanting for 15 - 20 years the practitioner clears the Anarthas and becomes fixed (Niṣṭhā) in Nāma, Rūpa, Guṇa, Parikara, Sevā and Līlā.

"Simply by chanting name you will feel the form of Kṛṣṇa: "Here is Kṛṣṇa." Nāma, rūpa, guṇa: "Here are the qualities. Oh, Kṛṣṇa is so qualified. He is so kind. He is so magnanimous." So many qualities you will remember. Nāma, rūpa, guṇa, līlā: then His pastimes. "Oh, Kṛṣṇa instructed Arjuna. Kṛṣṇa played with His cowherd boys. Kṛṣṇa had very nice talks with the gopīs, with His mother, Yaśodā."

(Class by Śrīla Prabhupāda - Śrīmad-Bhāgavatam 6.2.11 - January 16, 1971 - Allahabad)

So after this time of chanting, the practitioner awakens Lobha (desire to follow an associate), builds (Parikalpya) his/her Siddha-deha with the confirmation of the Guru and/or devotees and continues chanting along with meditation on the Siddha-deha until he/she reaches the perfection.

But they want to be "more Catholic than the Pope" !!!

Case closed !!!

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Hari-nāma Cintāmaṇi – 15.93

Pañca-vidha smaraṇa (The Five Types of Remembrance)

smaraṇa dhāraṇā dhyāna anusmṛti āra
samādhi e pañca-vidha smaraṇa prakāra

"The five kinds of remembrance are smaraṇa (remembrance), dhāraṇā (steadfast remembrance), dhyāna (meditation), anusmṛti (constant remembrance) and samādhi (total absorption)."

Commentary by Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura:

"Smaraṇa is the initial stage of remembrance where the practitioner meditates on his/her ekādaśa–bhāva (siddha-deha) in relation to his/her service to the Divine couple during the eight hours of the day (aṣta–kāla). Even then however, this remembrance is inconsistent and imperfect. Sometimes one can remember and sometimes there is distraction.

Smaraṇa eventually becomes dhāraṇā, in other words, dhāraṇā is a feeling of steadiness in smaraṇa during one’s sādhana. 

Dhyāna is when one meditates upon every aspect of a particular object. 

Anusmṛti is when one meditates constantly. 

When that is completely uninterrupted, that is to say when one only meditates upon kṛṣṇa–līlā and nothing else, that is samādhi. Āpana-daśā appears when one performs remembrance in the form of samādhi. 

It may take many yugas for an incompetent person to pass through these five stages of remembrance. 

Those who are expert can attain āpana–daśā in a few days."

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Haribol!!!

So we have:

Smaraṇa - meditates on Siddha-deha at the end of Anartha-nivṛtti and beginning of Niṣṭhā (fixed on Nāma, Rūpa, Guṇa, Parikara, Sevā and Līlā after 15 - 20 years of chanting).

Dhāraṇā - meditates on the Siddha-deha in Ruci.

Dhyāna - meditates on Siddha-deha in Āsakti.

Anusmṛti - meditates on the Siddha-deha in Bhāva.

Samādhi - uninterrupted meditation on the Siddha-deha in Prema.

Siddha-deha only really manifests in Bhāva and Prema. But meditation begins much earlier at the end of Anartha-nivṛtti and beginning of Niṣṭhā.

We only achieve what we cultivate.

Whoever does not cultivate anything, from the beginning, achieves nothing !!!