quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Guerra Santa

usarmy380

"Primeiro capelão militar Hindu dos EUA é "inovador"

Membros do serviço que voltam do Iraque e do Afeganistão, muitas vezes lutam com reajuste à vida civil, questões de saúde e culpa.

Até recentemente, os mais ou menos 1.000 Hindus servindo nas Forças Armadas dos EUA - e suas famílias - careciam de um confidente militar que compreendesse a sua religião e cultura.

Mas agora a Capitã Pratima Dharma foi nomeada o primeiro capelão militar Hindu dos EUA.

Ela diz que sua posição é importante não apenas para sua congregação militar, mas também para os seguidores desta religião no mundo todo em número de um bilhão." (BBC)

Link:

Primeiro Capelão Militar  Hindu dos EUA

Também o Exército Real Britânico tem capelães.

Um capelão Budista, um capelão Muçulmano, um capelão Sikh, um capelão Hindu e vários capelães Cristãos.

Existem 220 Budistas, 90 Sikhs, 230  Hindus e 305 Muçulmanos servindo no Exército Real Britânico junto com cerca de 183.000 cristãos.

Link:

Capelães do Exército Real Britânico

"O antigo Exército Vermelho Russo voltará a ter capelães militares

O responsável pelos Assuntos Religiosos das Forças Armadas Russas, Boris Lukichev, anunciou que, antes do final do ano, o antigo Exército Vermelho voltará a contar com uma de suas instituições mais antigas e veneradas, a dos capelães militares.

De acordo com Vatican Insider, as capelanias foram criadas por Pedro, o Grande, em 1716. Antes da Revolução Comunista de 1917, chegaram a ser seiscentas, com 400 igrejas adscritas. A chegada dos bolcheviques ao poder converteu oficialmente o Exército em ateu.

Agora, as coisas mudaram. Ainda em 2009 o presidente russo Medvedev já havia ordenado a atenção religiosa aos militares russos, embora somente agora tenham formado uma estrutura organizada, com hierarquia militar própria, equivalente ao Arcebispado castrense espanhol. O modelo organizativo, segundo o Arcipreste Dimitri Smirnov, do Patriarcado de Moscou, será, no entanto, bem mais alemão.

Os capelães se deslocarão para as zonas de combate e não irão armados nem receberão treinamento militar, embora a boa parte deles isso não faça falta, já que cumpriram o exigente serviço militar do Exército Vermelho, e alguns deles foram oficiais antes e depois da queda do comunismo.

Uma das razões das autoridades políticas russas para a restauração das capelanias militares (que incluirão também atenção a judeus e muçulmanos) é elevar o nível moral das Forças Armadas, muito baixo devido à corrupção e nepotismo: “Isso melhorará a situação”, explica Smirnov, “embora o pecado não possa erradicar-se plenamente da natureza humana”.

A demanda de atenção espiritual é grande entre os militares russos. 70% se definem como pessoas religiosas, e 80% pertence à Igreja Ortodoxa Russa.”

(Cultura Religiosa)

Pode acontecer de devotos estarem ocupados como polícias ou militares do exército. No entanto, a sua actuação não é no sentido de através desta função estabelecer princípios religiosos como numa “guerra santa”.

Não há “guerras santas” em Kali Yuga. Quando o Senhor Caitanya estava prestes a matar Jagai e Madhai, Sri Nityananda Prabhu recordou-Lhe que Sua missão em Kali Yuga não era matar os demónios, caso contrário Ele teria que matar todos os habitantes de Kali Yuga. Uma “guerra santa” somente poderá ser conduzida em Kali Yuga com a presença directa da Suprema Personalidade de Deus (como ocorrerá com Kalki Avatar), de outra forma somente através da propagação dos Santos Nomes como única forma possível de acabar com a mentalidade materialista.

Devotos militares e polícias desempenham suas funções simplesmente para manter a ordem social ou por interesses de diferentes países no caso de guerras (em alguns casos militares devotos e capelães poderão alegar objeção de consciência e não participar de uma guerra que considerem injusta). Devotos deveriam evitar trabalhar em actividades que envolvem a quebra dos quatro princípios ( como trabalhar num talho, açougue, numa garrafeira, num casino, num bordel, etc) e também não participar em conflitos armados dos quais não concordem.

De forma alguma agradar Krsna através da guerra

"Quando uma nação declara guerra a outra, não há a questão de agradar Krsna ou servir Krsna. Eles estão agradando seus próprios sentidos, servindo os seus próprios caprichos. Quando as Guerras Mundiais, Primeira e Segunda começaram, não eram para agradar Krsna. Os alemães queriam que a sua gratificação dos sentidos não fosse dificultada pelos ingleses. Isso significa que foi uma guerra de gratificação dos sentidos. "Os Britânicos estão atingindo sua gratificação dos sentidos, e nós não podemos. Tudo bem, vamos lutar." Então, não houve a questão de agradar Krsna."

(Civilização e Transcendência)

Perdem a Fé em Deus

"Durante a Segunda Guerra Mundial, foi relatado que muitas esposas dos soldados alemães iam à igreja para rezar para o retorno de seus maridos em segurança, mas quando descobriram que eles tinham sido mortos em combate, elas se tornaram atéias. Assim, queremos que Deus torne-se nosso fornecedor, e quando Ele não fornece a nossa ordem, dizemos que não há Deus. Este é o efeito de orar por coisas materiais."

(Caminho para Krsna)

Ambas as partes sairam derrotadas

"O povo alemão declarou guerra contra o inglês para arruiná-los, mas o resultado foi que ambas as partes foram arruinadas. Embora os Aliados estivessem aparentemente vitoriosos, pelo menos no papel, na verdade nenhum deles foram vitoriosos. Por isso, deve-se concluir que a Suprema Personalidade de Deus não é parcial para qualquer pessoa. Todos trabalham sob a influência de vários modos da natureza material, e quando os vários modos são proeminentes, os semideuses ou demônios parecem que saem vitoriosos sob a influência destes modos."

(SB 7.1.8)

"Anteriormente a guerra nunca era declarada pelos caprichos egoístas de líderes políticos; era realizada em princípios de liberdade religiosa livre de todos os vícios."

(SB 1.7.36)

"Quando Svayambhuva Manu viu que seu neto Dhruva Maharaja estava a matar muitos dos Yaksas que não eram realmente criminosos, com sua grande compaixão ele se aproximou de Dhruva com grandes sábios para dar-lhe boa instrução."

SIGNIFICADO por Srila Prabhupada

"Dhruva Maharaja atacou Alakapuri, a cidade dos Yaksas, porque seu irmão foi morto por um deles. Na verdade, apenas um dos cidadãos, e não todos eles, era culpado de matar seu irmão, Uttama. Dhruva Maharaja, é claro, deu um passo muito sério quando seu irmão foi morto pelo Yaksas. A guerra foi declarada, e a luta estava a ocorrer. Isso às vezes acontece nos dias atuais também - por culpa de um homem, um Estado inteiro é muitas vezes atacado. Este tipo de ataque não é aprovado por Manu, o pai e legislador da raça humana. Ele, portanto, queria parar o seu neto Dhruva de continuar a matar os cidadãos Yaksas que não eram criminosos."

(SB 4.11.6)

As assim chamadas "guerras santas" em que um exército amparado pelo Deus de Abraão combate outro exército amparado por Alah são uma especulação.

Como o Deus de Abraão pode lutar com Alah se são o mesmo Deus com nomes diferentes ... ;))))

Quando as "guerras santas" ocorriam antes de Kali Yuga era para estabelecer os princípios religiosos e acabar com os irreligiosos. Mas não dois grupos religiosos a lutar entre si numa "guerra sangrenta".

Em Kali Yuga não existem "guerras santas".

Um capelão nunca ora para que o seu exército, em nome do seu Deus, saia vitorioso, pois isso seria uma contradição enorme.

As guerras actuais não se dão por motivos religiosos, mas por outros motivos. 

A seguir algumas colocações interessantes:

Desaprovação de uma guerra

"É possível que a Igreja desaprove uma guerra, no qual o exército está a lutar.

Como um soldado, se um capelão sentir que não pode permanecer no uniforme por motivos de consciência, eles têm a opção de renunciar. A maioria opta por ficar, até porque da unidade para ministrar a soldados na mesma situação.

Os capelães não estão lá para justificar os conflitos que o exército participa. Seu propósito é "caminhar com os homens e ajudá-los", para estar lá para as pessoas que deles necessitam e para ser, como um padre colocou, "um pouco como o grilo Falante ... a voz da consciência ".

"Eu não lhes dou a minha bênção e digo: "a Igreja está com você". O que sou capaz de dizer a eles é: há pessoas orando por nós quando vamos para o Iraque fazer o nosso trabalho."

Tom Place, capelão do Exército Real Britânico

Reconciliar a fé com a violência

"Há um elemento em mim que acha que as pessoas no fim da recepção destas balas têm famílias, mas igualmente os nossos rapazes também têm famílias, portanto isso aponta muito claramente toda a visão cristã da violência e da ambiguidade da posição de um capelão. Um deles é parte de uma organização que mata pessoas. Se isso já deixasse de ser um dilema para mim como um padre, então eu acho que eu deveria sair."

Andrew Martlew, capelão do 40º Regimento de Artilharia Real 

Vosso servo

Prahladesh Dasa Adhikari

Janeiro - 2012