quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sempre escolhem servir Krsna

Como Srimati Radharani - que não possui a liberdade inerente de dar as costas a Krsna, como têm as jivas - pode, ainda assim, ser considerada uma Pessoa que experimenta o amor a Krsna? Como o Maharaja afirma, se as jivas não fossem possuidoras desse livre-arbítrio, nosso amor forçado não seria considerado, de forma alguma, amor; contudo, quando falando de Radharani, que, por natureza, não tem essa liberdade, Sua experiência continua sendo chamada de amor. O senhor poderia, por favor, explicar essa aparente contradição?

Há três categorias principais de energia do Senhor Supremo: a potência interna, a potência externa e a potência marginal (antaranga, bahiranga e tatastha sakti). As jivas são, por constituição, a potência marginal do Senhor; como o nome indica, elas são marginais, isso no sentido de que elas podem se dirigir para ambas as direções, isto é, podem se refugiar na potência interna ou na potência externa. Srimati Radharani e outros eternos associados pessoais do Senhor, no entanto, pertencem à categoria de potência interna. O fato não é que eles não têm livre-arbítrio, mas, sendo “não-marginais”, eles SEMPRE escolhem servir Krsna, e nunca se sujeitam à energia externa. Isto acontece em virtude da diferença constitucional entre os dois tipos de energias.

Uma analogia grosseira seria a analogia do fogo e da faísca, como explicado previamente. O fogo resplandecente jamais se separa de seu calor e de sua luz, ou, ainda nesse tópico, um grande pedaço de lenha no fogo resplandece com o fogo, mas uma pequena faísca desse fogo pode facilmente se deixar levar.

SS Romapada Swami