segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Uma psicologia espiritual poderosa


Śrī Śrī Prema-Bhakti-Candrikā 58 

सखीनां सङ्गिनीरूपामात्मानं वासनामयीम् ।
आज्ञासेवापरां तत्तद्रूपालङ्कार-भूषिताम् ॥ ५८ ॥

sakhīnāṁ saṅginī-rūpām ātmānaṁ vāsanā-mayīm |
ājñā-sevā-parāṁ tat-tad-rūpālaṅkāra-bhūṣitām || 58 ||

 टीका–सखीनां श्रीललिता-श्रीरूपमञ्जर्यादीनां सङ्गिनीरूपाम् आत्मानं ध्यायेदिति शेषः । किम्भूताम्? आज्ञासेवापराम् आज्ञया तासामनुमत्या सेवापरां श्रीराधामाधवयोरिति शेषः । पुनः किम्भूताम्? तत्तद्रूपालङ्कारभूषितां सुप्रसिद्ध-श्रीकृष्णमनोहररूपेण श्रीराधिका-निर्माल्यालङ्कारेण भूषिताम्; निर्माल्यमाल्य-वसनाभरणास्तु दास्य इत्युक्तेः । पुनः किम्भूताम्? वासनामयीं चिन्तामयीम् ईक्षेत चिन्तामयमेतमीश्वरमित्यादिवत् ॥

 "O Sādhaka Vaiṣṇava Gauḍīya deve contemplar a si mesmo como uma adepta adolescente feminina das Sakhīs. Ela se dedica a servir Śrī Rādhā-Mādhava de acordo com as ordens das Sakhīs e é adornada com as flores, roupas e ornamentos usados ​​por Śrī Rādhikā."

Contemplando o Siddha-Deha !!!

Ṭīkā Sudhā-Kaṇikā-Vyākhyā do Rādhā Kuṇḍa Mahānta Paṇḍita Śrī Ananta Dāsa Bābājī Mahārāja:

"Śrīla Ṭhākura Mahāśaya estabeleceu previamente as doutrinas essenciais do mañjarī-svarūpa e mañjarī-bhāva.

Como prova preliminar ele cita um verso do Śrī-Sanat-Kumāra-Saṁhitā tantra e um verso do livro de Śrīla Rūpa Gosvāmipāda, Śrī-Bhakti-Rasāmṛta-Sindhuḥ.

Ele primeiro fornece provas do Śrī-Sanat-Kumāra-Saṁhitā: 

sakhīnāṁ saṅginī-rūpām ātmānaṁ vāsanā-mayīm, ājñā-sevā-parāṁ tat-tad-rūpālaṅkāra-bhūṣitām 

"Um rāgānugīya-sādhaka deve contemplar o seu próprio corpo desejado como sendo uma companheira adolescente feminina das sakhīs lideradas por Śrī Lalitā, Śrī Viśākhā e Śrī Rūpa Mañjarī. Ela é dedicada a servir Śrī Rādhā-Mādhava de acordo com as ordens das sakhīs e é adornada com as flores, roupas e ornamentos usados ​​por Śrī Rādhikā."

Além de meditar em Śrī Lalitā, Śrī Viśākhā, Śrī Rūpa Mañjarī e as outras sakhīs, seguindo o siddha-praṇālī de seu guru-paramparā, o sādhaka também contempla seu próprio guru-mañjarī como uma priya-narma-sakhī dedicada ao serviço amoroso de Śrī Śrī Rādhā-Mādhava. 

Ele contempla a si mesmo como uma kiṅkarī (donzela) devotada à ordem de sua guru-mañjarī. Em fidelidade a Śrī Lalitā, Śrī Rūpa Mañjarī e assim por diante, e pela ordem de śrī-guru-mañjarī, ele contempla seu próprio serviço de amor para Śrī Rādhā-Mādhava.

A evidência correspondente disso também é encontrada nas palavras de Śrīla Ṭhākura Mahāśaya no verso trinta de seu poema Prārthanā: 

guru-rūpā-sakhī-bāme, tribhaṅga-bhaṅgima-ṭhāme, cāmarera bātāsa kariba ity ādi

"Com o meu corpo curvado em três lugares, eu ficarei à esquerda de minha guru-rūpā-sakhī a abanar o casal Divino com um abano de cauda de yak." 

A pessoa que inicia seu estudante com o śrī-kṛṣṇa-mantra e ensina-o como fazer rāgānugīya-bhajana é também a guru-rūpā-sakhī do aluno em vraja-līlā.

Mesmo assim, no sādhaka-deha, o aluno deve pensar em Śrī Gurudeva como a encarnação directa da bondade de Śrī Bhagavān. Externamente, o sādhaka nunca deve se aproximar de Śrī Guru de forma informal ou familiar, porque isto seria contra as palavras dos sādhus e śāstras.
     
Antes do verso sakhīnāṁ saṅginī-rūpām no Śrī-Sanat-Kumāra-Saṁhitā, encontramos este verso: 

ātmānaṁ cintayet tatra tāsāṁ madhye manoramām, rūpa-yauvana-sampannāṁ kiśorīṁ pramadākṛtim 

"O sādhaka deve meditar em si mesmo como uma adolescente bonita e encantadora que vive entre as gopīs amantes de Śrī Kṛṣṇa e suas sakhīs." 

Neste verso, a palavra cintayet deve ser entendida como significando que o sādhaka deve perceber a si mesmo como possuindo uma natureza, forma e modos semelhantes aos das nitya-siddha-sakhīs (de acordo com os detalhes de seu ekādaśa-bhāva dado por Śrī Gurudeva no siddha-praṇālī).

Desta forma, ele mantém o firme auto conceito de que "eu sou este corpo (espiritual) que possuí esta natureza e forma". Se for capaz de estabelecer um firme auto conceito neste svarūpa, diz-se que o sādhaka estará muito perto do sucesso (siddhi). 

Śrī Jīva Gosvāmipāda estabeleceu este siddhānta dizendo:

astu tāvad bhajana-prayāsaḥ kevala tādṛśatvābhimānenāpi siddhir bhavatīti 

"Por falar de sucesso, esforçando-se no bhajana, pode-se alcançar siddhi simplesmente pensando em si mesmo com este svarūpa."
     
O rāgānugā-bhajana dos Vaiṣṇavas Gauḍīya é uma psicologia espiritual extraordinariamente poderosa.

Os psicólogos dizem que entre os muitos poderes que as pessoas possam ter, o maior poder é aquele do pensamento que aparece espontaneamente no cérebro. Neste mundo, os objectos aparecem e desaparecem, são criados e destruídos, introduzidos e tornam-se extintos. Ao analisarmos, podemos entender que na raiz de todos eles, individual ou coletivamente, fica o trono dourado do pensamento. Esta é a razão fundamental para a honra costumeira dada ao poder do pensamento. A natureza ou característica deste poder é que é independente. Por esse motivo, não se limita a nenhum local fixo. Seu movimento irrestrito se estende para todos os lugares da Terra e dos céus. O fruto deste poder é eterno. Mesmo após a morte, esse poder permanece com aquele de cujo cérebro se expandiu.

Quando um pote é quebrado, o ar que está dentro não é destruído, mas sim mistura-se com a atmosfera maior. Do mesmo modo, o fruto desta mahāśakti não é destruído quando o corpo humano morre. Depois disso, esse poder criativo continua a governar a próxima mente humana da alma, assim como o livro de um escritor poderoso ou a música de um compositor poderoso continua a aumentar a alegria de sua audiência, oferecendo-lhes um buquê de prazer mental, mesmo que ninguém fale acerca da vida ou da morte do artista.

Se a psicologia mundana tem tal poder, então está além do alcance do intelecto humano entender o quão poderoso pode ser o pensamento com a ajuda de uma psicologia espiritual ou a mente de um Sādhaka e sua devoção transcendental a Śrī Bhagavān.

Na verdade, se o sādhaka Vaiṣṇava Gauḍīya está intensamente envolvido na meditação sobre o sevā de Śrī Rādhā-Mādhava enquanto contempla seu próprio siddha-deha, considerando que o siddha-deha seja sua verdadeira forma natural, ele irá com a ajuda do compatível pensamento misericordioso dos sábios do passado rapidamente absorver-se em bhāva e será trazido para o reino de siddhi (sucesso).

Quanto a isto, não há dúvida.

E nisto, encontramos a maior expressão da psicologia espiritual, bem como a manifestação mais elevada do mahāmādhurya-rasa de Bhagavān no coração do sādhaka.

No que diz respeito à meditação no siddha-deha, o sādhaka deve entender particularmente que a principal forma de preparar seu coração e sua mente para estar saturado com gopī-bhāva é praticar rāgānugā-sādhana no humor de uma gopī.

Portanto, se alguém pensa em si mesmo como tendo apenas a forma de uma gopikā, a contemplação de seu siddha-deha não será adequado.

Sua meditação somente irá progredir bem se ele contemplar sua forma de gopikā como estando absorta em gopī-bhāva.

Nós fomos instruídos em como meditar nas līlās de Śrī Rādhā-Kṛṣṇa com o humor de uma gopī: 

ataeva gopī-bhāva kari aṅgīkāra, rātri-dina cinte rādhā-kṛṣṇera vihāra; siddha-deha-cinti kare tāṅhāi sevana, gopī-bhāve pāya rādhā-kṛṣṇera caraṇa 

(Śrī-Caitanya-Caritāmṛta, Madhya 8.228-229)

"Portanto, aceite o humor de uma gopī e pense nos passatempos de Śrī Rādhā-Kṛṣṇa dia e noite. Se você executar sevā em gopī-bhāva enquanto contempla seu próprio siddha-deha, você alcançará os pés de lótus de Śrī Rādhā-Kṛṣṇa."

Absorto em mañjarī-bhāva, o estado mais elevado de gopī-bhāva, o sādhaka que anseia por prema-sevā, deve sempre meditar sobre si mesmo como uma companheira de Śrī Lalitā, Śrī Viśākhā, Śrī Rūpa Mañjarī e assim por diante. Em obediência às suas ordens, ela serve como uma serva dedicada ao sevā de Śrī Rādhā-Mādhava.

Ela decora-se com os ornamentos, roupas e assim por diante usados ​​anteriormente por Śrī Rādhā. Seu coração e mente são formados por seu desejo pela prema-sevā de Śrī Rādhā-Mādhava e seu corpo é feito a partir do néctar de yugala-sevā."

Śrī Śrī Prema-Bhakti-Candrikā 58 

सखीनां सङ्गिनीरूपामात्मानं वासनामयीम् ।
आज्ञासेवापरां तत्तद्रूपालङ्कार-भूषिताम् ॥ ५८ ॥

sakhīnāṁ saṅginī-rūpām ātmānaṁ vāsanā-mayīm |
ājñā-sevā-parāṁ tat-tad-rūpālaṅkāra-bhūṣitām || 58 ||

 टीका–सखीनां श्रीललिता-श्रीरूपमञ्जर्यादीनां सङ्गिनीरूपाम् आत्मानं ध्यायेदिति शेषः । किम्भूताम्? आज्ञासेवापराम् आज्ञया तासामनुमत्या सेवापरां श्रीराधामाधवयोरिति शेषः । पुनः किम्भूताम्? तत्तद्रूपालङ्कारभूषितां सुप्रसिद्ध-श्रीकृष्णमनोहररूपेण श्रीराधिका-निर्माल्यालङ्कारेण भूषिताम्; निर्माल्यमाल्य-वसनाभरणास्तु दास्य इत्युक्तेः । पुनः किम्भूताम्? वासनामयीं चिन्तामयीम् ईक्षेत चिन्तामयमेतमीश्वरमित्यादिवत् ॥

"The Gauḍīya Vaiṣṇava sādhaka shall contemplate himself as being an adolescent female companion of the sakhīs. She is devoted to serving Śrī Rādhā-Mādhava according to the sakhīs’ orders and is adorned with the flowers, garments and ornaments worn by Śrī Rādhikā."

Contemplating the Siddha-Deha !!!

Sudhā-Kaṇikā-Vyākhyā Ṭīkā by Rādhā Kuṇḍa Mahānta Paṇḍita Śrī Ananta Dāsa Bābājī Mahārāja: 

"Śrīla Ṭhākura Mahāśaya previously established the essential doctrines of the mañjarī-svarūpa and mañjarī-bhāva. 

As primary evidence of that he quotes one verse from the Śrī-Sanat-Kumāra-Saṁhitā tantra and one verse from Śrīla Rūpa Gosvāmipāda’s book Śrī-Bhakti-Rasāmṛta-Sindhuḥ. 

He first gives evidence from Śrī-Sanat-Kumāra-Saṁhitā: 

sakhīnāṁ saṅginī-rūpām ātmānaṁ vāsanā-mayīm, ājñā-sevā-parāṁ tat-tad-rūpālaṅkāra-bhūṣitām

“A rāgānugīya-sādhaka shall contemplate his own desired body as being in the form of an adolescent female companion of the sakhīs headed by Śrī Lalitā, Śrī Viśākhā and Śrī Rūpa Mañjarī. She is devoted to serving Śrī Rādhā-Mādhava according to the sakhīs’ orders and is adorned with the flowers, garments and ornaments worn by Śrī Rādhikā.” 

Besides meditating on Śrī Lalitā, Śrī Viśākhā, Śrī Rūpa Mañjarī and the other sakhīs, following the siddha-praṇālī of his guru-paramparā the sādhaka also contemplates his own guru-mañjarī as a priya-narma-sakhī devoted to the loving service of Śrī Śrī Rādhā-Mādhava. He contemplates himself as a kiṅkarī (maidservant) devoted to the order of his guru-mañjarī. In allegiance to Śrī Lalitā, Śrī Rūpa Mañjarī and so on, and by the order of śrī-guru-mañjarī, he contemplates his own loving service to Śrī Rādhā-Mādhava. 

Corresponding evidence of this is also found in Śrīla Ṭhākura Mahāśaya’s words in verse thirty of his poem Prārthanā: 

guru-rūpā-sakhī-bāme, tribhaṅga-bhaṅgima-ṭhāme, cāmarera bātāsa kariba ity ādi

“With my body curved in three places, I shall stand to the left of my guru-rūpā-sakhī and cool the Divine Couple with a yak-tail fan.” The person who initiates his student in śrī-kṛṣṇa-mantra and teaches him how to perform rāgānugīya-bhajana is also the student’s guru-rūpā-sakhī in vraja-līlā. 

Even so, in the sādhaka-deha, the student must think of Śrī Gurudeva as the direct embodiment of Śrī Bhagavān’s kindness. Externally, the sādhaka should never approach Śrī Guru in an informal or familiar way because that would be against the words of the sādhus and śāstras.
     
Before the sakhīnāṁ saṅginī-rūpām verse in the Śrī-Sanat-Kumāra-Saṁhitā we find this verse: 

ātmānaṁ cintayet tatra tāsāṁ madhye manoramām, rūpa-yauvana-sampannāṁ kiśorīṁ pramadākṛtim. 

“The sādhaka shall meditate upon himself as a beautiful and charming adolescent girl living among Śrī Kṛṣṇa’s gopī lovers and their sakhīs.” 

In this verse, the word cintayet should be understood to mean that the sādhaka shall perceive himself as possessing a nature, form and so on similar to the nitya-siddha-sakhīs (according to the particulars of his ekādaśa-bhāva given by Śrī Gurudeva in the siddha-praṇālī). 

In this way, he maintains the firm self-concept that, “I am that body possessed of a certain nature and form.” If able to establish a firm self-concept in that svarūpa, the sādhaka is said to be very near to success (siddhi). Śrī Jīva Gosvāmipāda has established this siddhānta by saying, 

astu tāvad bhajana-prayāsaḥ kevala tādṛśatvābhimānenāpi siddhir bhavatīti 

“Not to speak of success by endeavoring in bhajana, one can attain siddhi simply by thinking of oneself as that svarūpa.”
     
The rāgānugā-bhajana of the Gauḍīya Vaiṣṇavas is an extraordinarily powerful spiritual psychology. 

Psychologists say that among the many powers that people are known to have, the power of thought that appears spontaneously in the brain is the greatest. In this world, objects rise and fall, are created and destroyed, introduced and rendered extinct. 

By research we can understand that at the root of them all, individually or collectively, sits the golden throne of thought. This is the fundamental reason for the customary honor given to the power of thought. The nature or characteristic of this power is that it is independent; for this reason, it is not confined to any fixed place. Its unrestricted movement extends to all places on earth and in the heavens. The fruit of this power is everlasting. Even after death, this power remains with one from whose brain it has expanded. 

When a pot is broken, the air within is not destroyed but rather mingles with the greater atmosphere. In the same way, the fruit of this mahāśakti is not destroyed when the human body dies. After that also, this creative power continues to govern the soul’s next human mind, just as the book of a powerful writer or the music of a powerful composer continues to increase the joy of their audience, offering them a bouquet of mental delight, even though no one speaks of the artist’s life or death. 

If worldly psychology has such power, then it is beyond the range of the human intellect to understand just how powerful thought can be with the help of a spiritual psychology or the sādhaka’s single-minded, transcendental devotion to Śrī Bhagavān. 

In fact, if the Gauḍīya Vaiṣṇava sādhaka is intently engaged in meditating upon the sevā of Śrī Rādhā-Mādhava while contemplating his own siddha-deha, considering that siddha-deha to be his true, natural form, he will with the help of the compatible, mercy-laden thoughts of the past sages very quickly become absorbed in bhāva and be brought to the kingdom of siddhi (success). 

Of this there is no doubt. 

In this we find the highest expression of spiritual psychology as well as the highest manifestation of Bhagavān’s mahāmādhurya-rasa in the heart of the sādhaka. 

Regarding meditation on the siddha-deha, the sādhaka should particularly understand that the primary way to prepare his heart and mind for being saturated with gopī-bhāva is to practice rāgānugā-sādhana in the mood of a gopī. 

Therefore, if one thinks of himself as having only the form of a gopikā, his contemplation of his siddha-deha will not go smoothly. 

His meditation will progress nicely if he contemplates his gopikā form as being steeped in gopī-bhāva. 

We have been instructed in how to meditate on Śrī Rādhā-Kṛṣṇa’s līlās in the mood of a gopī: 

ataeva gopī-bhāva kari aṅgīkāra, rātri-dina cinte rādhā-kṛṣṇera vihāra; siddha-deha-cinti kare tāṅhāi sevana, gopī-bhāve pāya rādhā-kṛṣṇera caraṇa 

(Śrī-Caitanya-Caritāmṛta, Madhya 8.228-229). 

“Therefore, accept the mood of a gopī and think of Śrī Rādhā-Kṛṣṇa’s pastimes day and night. If you perform sevā in gopī-bhāva while contemplating your own siddha-deha, you will attain the lotus feet of Śrī Rādhā-Kṛṣṇa.” 

Absorbed in mañjarī-bhāva, the highest state of gopī-bhāva, the sādhaka who longs for prema-sevā must always meditate upon herself as a female companion of Śrī Lalitā, Śrī Viśākhā, Śrī Rūpa Mañjarī and so on. In obedience to their orders, she serves as a maidservant devoted to the sevā of Śrī Rādhā-Mādhava. 

She decorates herself with the ornaments, clothing and so on previously worn by Śrī Rādhā. Her heart and mind are formed by her desire for the prema-sevā of Śrī Rādhā-Mādhava and her body is made from the nectar of yugala-sevā."