segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Terra PLANA versus Terra ESFÉRICA (ver também 2 e 3)

Terra PLANA versus Terra ESFÉRICA

Foto: Gola Yantra (esfera armilar) usada pelos astrónomos indianos de Siddhānta clássico.

Por incrivel que pareça, existe um grande debate acerca deste tema. Inclusive entre os devot@s.

Alguém pode afirmar que Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura era um astrónomo que abandonou a astronomia indiana de Siddhānta clássico ou o Sūrya Siddhānta e aceitou a cosmologia Puranica do Śrīmad Bhāgavatam. 

No entanto ele elaborou o calendário (Pañjikā) que usamos baseado nos cálculos do Sūrya Siddhānta. Então não parece que ele tenha abandonado o Sūrya Siddhānta e a astronomia indiana de Siddhānta clássico.

O Sūrya Siddhānta é falado pelo próprio Semideus Sūrya que explica a ciência astronómica.

Muito antes de Newton e Einstein, os astrónomos da Índia como especificado na astronomia indiana de Siddhānta clássico tinham uma visão cosmológica diferente da visão cosmológica Puranica. 

Então se vamos negar Newton e Einstein, teremos que negar tambem os astrónomos da Índia e o Sūrya Siddhānta, pois ambos estão, na sua maior parte, em consonância nos seus cálculos. 

E então isto nos leva a que existam duas visões cosmológicas na Índia. 

Dos Purāṇas (Bhāgavatam) e do Sūrya Siddhānta. 

Ambas literais, porém, uma (do Sūrya Siddhānta) perceptível para nós e outra (do Bhāgavatam, dos Devas) imperceptível numa dimensão subtil. 

Os Ācāryas ao comentarem o 5º canto não mencionam nada do Sūrya Siddhānta e nem poderiam mencionar porque não é o local para tal. Eles estão simplesmente focados na descrição cosmológica (para nós) imperceptível dos Devas.
Gravidade

Muito antes de Newton, na Índia, a gravidade já era conhecida. O Sūrya Siddhānta explica que objectos caem sobre a Terra devido a uma força de atracção pela Terra. De acordo com o Siddhānta, a propriedade de atracção é inerente à Terra.

Do SIDDHANTA SIROMANI

Plana versus Esférica

3.2

Este globo da Terra formado pelos cinco principios elementares terra, ar, água, éter e fogo é perfeitamente redonda e circundada pelas órbitas da Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno e pelas constelações. Ela não tem nenhum suporte material: mas permanece firmemente na expansão do céu por sua própria força inerente. Em toda a sua superfície subsistem (em segurança) todos os objectos animados e inanimados, e todos os seres vivos (humanos, animais, deuses e demônios).

3.3

Está coberta em todos os lados com uma grande quantidade de montanhas, bosques, cidades e edifícios sagrados, assim como o bulbo da flor globular de Nauclea (Kadamba) com sua multidão de anteras.
3.11 

Refutação da suposição de que a Terra é plana
Se esta Terra abençoada fosse nivelada, como um espelho plano, então por que não está o Sol, que gira acima de uma distância da Terra, visível tanto para os homens quanto para os Deuses? (Na hipótese Puranica, que o Sol está sempre a girar sobre Meru, acima e horizontalmente à Terra).

3.12

Se a Montanha dourada (Meru) é a causa da noite, então por que não é visível quando intervém entre nós e o Sol? E Meru sendo admitido (Puranicamente) estar para o Norte, como acontece que o Sol nasça (durante metade do ano) para o Sul?

3.13 

Razão da falsa aparência da forma plana da Terra
Como a centésima parte da circunferência de um círculo é (dificilmente diferente de) um plano, e como a Terra é um corpo excessivamente grande, e uma pessoa é extremamente pequena (em comparação), toda a porção visível da Terra, conseqüentemente, parece para uma pessoa em sua superfície ser um plano perfeito.

3.19

Em qualquer parte do Globo que uma pessoa esteja, pensa que a Terra está debaixo de seus pés, e que ela está de pé sobre a Terra, mas dois indivíduos colocados a 90° um do outro, de forma interessante captam que o outro está em pé em uma linha horizontal, como se fosse em ângulo reto para si mesmo.

3.20

Aqueles que são colocados à distância da metade da circunferência da Terra um do outro são mutuamente antípodas, como um homem na margem de um rio e sua sombra refletida na água; mas também aqueles que estão situados à distância de 90°, como aqueles que estão situados a 180° de você, mantém sua posição sem dificuldade. Eles se mantém com a mesma facilidade que nós nos mantemos na nossa posição.

Eclipses

O Sūrya Siddhānta apresenta uma explicação de eclipses que concorda com a explicação moderna, mas também traz Rāhu para a equação.

12.53

Em toda parte na superfície do globo terrestre as pessoas supõem seu próprio lugar como sendo mais alto do que o dos outros; porque este globo está no espaço (éter) onde não há acima ou abaixo.

12.54

Todas as pessoas ao redor de seu próprio lugar contemplam a Terra embora globular, como sendo um plano circular, por conta da pequenez de seus corpos.

Circunferência da Terra

A circunferência da Terra é 4967 Yojanas.

Movimentos

Como gira a esfera estrelada com os planetas, e qual é o seu apoio?

12.55

Esta esfera estrelada gira da direita para a esquerda no hemisfério norte e da esquerda para a direita no hemisfério sul. Mas no equador ela sempre gira de leste a oeste.

Gola Yantra

O Goladīpikā - um tratado detalhado que trata dos globos e da esfera armilar foi composto na Índia. A esfera armilar indiana (Gola Yantra) foi baseada em coordenadas equatoriais e tinha um aro elíptico.

Se alguém argumenta que o modelo usado para executar esta função é um globo mecânico de madeira com uma vara e não é a própria Terra, diríamos que não é verdade. Se assim fosse, então eles fariam um plano mecânico de madeira.

Se alguém argumenta que o Sūrya Siddhānta é apenas um texto para calcular as posições temporais dos corpos celestes acima da Terra e nada mais, diríamos que não é verdade, porque o Sūrya Siddhānta explica muito mais. A Terra como um globo e dá muito mais detalhes como gravidade, eclipses, etc.

Se alguém argumenta que os pólos deste modelo do Gola Yantra são apenas imaginados como os reinos dos Devas e Semideuses, isto é assim porque eles são reinos que só podem ser alcançados por Yogīs místicos em outra dimensão, que é o que o Śrīmad Bhāgavatam descreve. A visão dos Devas, Yogīs místicos e devotos avançados. Somos nós que temos que nos qualificar para ver. Está tudo lá.

Devoto comenta:

"
As literaturas védicas descrevem o universo de duas formas. Primeiro, segundo a visão mística do yoga, obtida em samadhi, ou pela graça divina que considera as dimensões mais sutis do universo, que nossos sentido físicos não podem captar, mas quem obter essa visão pode vê-la. Não são descrições apenas simbólicas, são de fato reais. Essa visão é descrita principalmente nos Puranas.

Mas, Também há o relato encontrado no Rg Veda, em alguns dos Brahmanas, e na ciência astronômica encontrada principalmente no Surya Siddhanta (que Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati era versado e inclusive escreveu um comentário). Essa visão coincide com a visão da ciência observável. Esse foi o tema da minha postagêm. Ema visão não nega a outra mas são pontos de vistas diferentes.

Não dá para conciliar as duas visões, por se basearem em paradigmas diferentes. A Vedica-puranica se baseia no paradigma dos 25 elementos do Sankhya.

Mas a visão científica utilizada pela Ciência e, por concessão pela ciência observável do Surya Siddhanta, é limitada (não errada, mas limitada apenas a um aspecto da realidade), pois se baseia apenas nos cinco elementos, dispostos na tabela periódica da química."

FLAT Earth versus GLOBE Earth

Photo: Gola Yantra (armillary sphere) used by Indian Classical Siddhānta Astronomers.

One may assert that Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura was an astronomer who abandoned Indian Classical Siddhānta Astronomy or Sūrya Siddhānta and accepted the Puranic cosmology of the Śrīmad Bhāgavatam.

However he drew up the calendar (Pañjikā) we use based on the calculations of Sūrya Siddhānta. So it does not appear that he has abandoned Sūrya Siddhānta and Indian Classical Siddhānta Astronomy.

The Sūrya Siddhānta is spoken by Demigod Sūrya himself who explains the astronomical science.

Long before Newton and Einstein, astronomers of India, as specified in Indian Classical  Siddhānta Astronomy had a different cosmological view of the Puranic cosmological view.

So if we are going to deny Newton and Einstein, we will have to deny also the astronomers of India and the Sūrya Siddhānta, for both are mostly in consonance in their calculations.

And then this leads us to have two cosmological visions in India.

Of the Purāṇas (Bhāgavatam) and the Sūrya Siddhānta.

Both literals, however, one (of the Sūrya Siddhānta) perceptible to us and another (of the Bhāgavatam, of the Devas) imperceptible in a subtle dimension.

The Ācāryas in commenting on the 5th Canto do not mention anything about Sūrya Siddhānta and could not even mention it because it is not the place for that. They are simply focused on the (for us) imperceptible cosmological description of the Devas.

Gravity

Long before Newton, in India, gravity was already known. Sūrya Siddhānta explains that objects fall on the Earth due to a force of attraction by the Earth. According to the Siddhānta, the property of attraction is inherent in the Earth.

From SIDDHANTA SIROMANI

Flat versus globe

3.2 

This globe of the Earth formed of (the five elementary priciples) earth, air, water, ether and fire is perfectly round and encompassed by the orbits of the Moon, Mercury, Venus, the Sun, Mars, Jupiter and Saturn and by the constellations. It has no material supporter: but stands firmly in the expanse of heaven by its own inherent force. On its surface through-out subsist (in security) all animate and inanimate objects, and all living beings (humans, animals, gods and demons).

3.3 

It is covered in all sides with multitudes of mountains, groves, towns, and sacred edifices, as is the bulbe of Nauclea's (Kadamba) globular flower with its multitude of anthers.

3.11 

Refutation of the supposition that Earth is level
If this blessed Earth were level, like a plane mirror, then why is not the sun, revolving above at a distance from the Earth, visible to men as well as to the Gods? (on the Puranic hypothesis, that it is always revolving about Meru, above and horizontally to the Earth).

3.12 

If the golden Mounain (Meru) is the cause of night, then why is it not visible when it intervenes between us and the Sun? And Meru been admitted  (by Puranics) to lie to the North, how come it to pass that the Sun rises (for half the year) to the South?

3.13 

Reason of the false appeareance of the plane form of the Earth

As the one-hundredth part of the circumference of a circle is (scarcely different from) a plane, and as the Earth is excessively large body, and a man exceedingly small (in comparison), the whole visible portion of the Earth consequentely appears to a man on its surface to be perfect plane. 

3.19

A man on whatever part of the Globe he may be, thinks the Earth to be under his feet, and that he is standing up right upon it, but two individuals placed at 90° from each other, fancy catch that the other is standing in a horizontal line, as it were at right angle to himself.

3.20

Those who are placed at the distance of half the Earth's circumference from each other are mutually antipodes, as a man on the bank of a river and his shadow reflected in the water; but as well those who are situated at the distance of 90° as those who are situated at that of 180° from you, maintain their position without difficulty. They stand with the same ease as we do here in our position.

Eclipses

Sūrya Siddhānta presents an explanation of eclipses that agrees with the modern explanation but also brings Rāhu into the picture.

12.53 

Everywhere on the surface of the terrestrial globe people suppose their own place higher than that of others; because this globe is in space (ether) where there is no above or below.

12.54 

All people around their own place behold the Earth though globular, of the form of a circular plain, on account of the smallness of their bodies.

Earth's circumference

Earth's circumference is 4967 Yojanas. 

Movements

How does the starry sphere with the planets revolve, and what is its support?

12.55 

This starry sphere revolves from right to left in northern hemisphere and left to right in southern hemisphere. But at the equator it always revolves from east to west.

Gola Yantra

The Goladīpikā - a detailed treatise dealing with globes and the armillary sphere was composed in India. The Indian armillary sphere (Gola Yantra) was based on equatorial coordinates and had an elliptical hoop.

If someone argues that the model used to perform that function is a mechanical wooden globe with a stick through and it is not the Earth itself, we'd say that's not true. If so, then they would make a mechanical wooden flat model.

If someone argues that the Sūrya Siddhānta is only a text for calculating the temporal positions of the celestial bodies above the Earth and nothing more we'd say that's not true, because the Sūrya Siddhānta explains much more. The Earth as a globe and gives much more details like gravity, eclipses, etc.

If someone argues that the poles on this model of the Gola Yantra are only imagined to be the realms of the Devas and Demigods, this is so because they are realms that can only be reached by mystic Yogīs in another dimension, which is what Śrīmad Bhāgavatam describes. The vision of the Devas, mystic Yogīs and advanced devotees. We're the ones who have to qualify to see.  It's all there.