segunda-feira, 2 de abril de 2012

A lei do Karma e o Destino Inevitável

Se realmente a Lei do Karma existe ela anula o livre arbítrio. As descobertas da ciência moderna através da pscicologia e psiquiatria anulam o livre arbítio devido a descoberta dos mecanismos do inconsciente…

E além de tudo, a lei do karma é injusta sim! Se na justiça humana que é imperfeita e falível  ninguém pode ser condenado sem saber o porquê…

Assim como alguém condenado injustamente ficaria extremamente revoltado, a Lei do Karma causa revolta, pois não sabemos o que fizemos…

Além disso em outra suposta encarnação éramos outras pessoas, talvez até com sexo diferente, vivendo em uma outra época em um outro contexto social e cultual completamente diferente do nosso, o que torna ainda mais injusta a tal Lei do Karma, pois os pecados variam de acordo com a época e localidade… (Rhenner Balduino dos Santos)

1 - De acordo com os Vedas existem três tipos de Karma:

Sanchita Karma - o total de todas as acções passadas (em forma de semente) a serem resolvidas.

Prarabdha Karma - a porção de Sanchita Karma a ser vivenciada nesta vida (que já frutificou). Este incluí nossas características físicas e intelectuais, quem são nossos familiares, tendências pessoais, etc.

É a forma de Karma que já frutificou e portanto é a mais difícil de ser suplantada.

Kriyamana Karma - o Karma que está a ser criado agora (estamos a plantar), e que frutificará no futuro ou nesta mesma vida.

Podemos dizer que o Karma que ainda não se manifestou (Sanchita) e o Karma que estamos a criar agora (Kriyamana) são facilmente transformados (não fatalistas onde usamos o nosso livre arbítrio) e que o Prarabdha Karma é mais difícil de transformar (fatalista onde não podemos usar o nosso livre arbítrio).

2 - Toda Jiva que está neste mundo material sabe porque foi condenada. Porque a Jiva rebelde quiz desfrutar de forma egoista e separadamente de Krsna, por inveja.

Então a Lei do Karma não causa revolta porque sabemos o que fizemos.

Dharma - Ética Cósmica

Dharma e Karma estão interrelacionados.

Então, como vamos saber o que é "próprio" e o que é "impróprio"? Este conhecimento é crucial.

Afinal, diz-se que a ignorância não é desculpa para ser queimado pelo fogo.

Uma explicação ainda mais profunda, diz que o Dharma é uma qualidade inerente ou inseparável ou natureza. Há o exemplo do sal, cuja qualidade inseparável (Dharma) é sabor salgado. A palavra Dharma seria, portanto, possível traduzir como "causa final". Este termo da filosofia ocidental expressa a razão para a existência de um objecto. Causa final - Dharma - de uma casa é para servir de abrigo para as pessoas. Uma casa inabitada representa Adharma (oposto do Dharma). O Dharma define a função da lei do Karma e ele próprio (Dharma) é estabelecido por Deus.

Os "pilares do Dharma" são chamados de quatro qualidades descritas no Bhagavata Purana (1.17.24):

- Misericórdia (recusa da violência, consumo de carne, etc)

- Renúncia / controle dos sentidos (recusa de usar entorpecentes)

- A veracidade (recusa de jogos de azar e especulações)

- Pureza (recusa de sexo proibido nas escrituras)

Estão, portanto,  estabelecidas quais as actividades humanas que são boas e trazem reacções positivas e quais são más e trazem reacções negativas na forma de sofrimento.

Qualquer coisa que ajude os seres humanos a alcançar Deus é Dharma e qualquer coisa que impeça os seres humanos de alcançar Deus é Adharma.

Este sistema de valores é universalmente válido e não depende de opiniões de seres vivos individuais.

Candragupta, o assistente de Yamaraja anota tudo.

3 - No entanto, aqueles que dedicam suas vidas totalmente a Krsna estão acima do karma e suas actividades são Akarmicas.  Actividades de natureza superior que não estão sujeitas as leis materiais da natureza e, portanto, são chamados de "inação".

Vosso servo

Prahladesh Dasa Adhikari

Abril -2012