domingo, 3 de agosto de 2008

Igreja Católica

Caro Ramacandra Prabhu, por favor, aceite minhas reverências.
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!

Sim o texto do Mistyko1 é bastante forte.
E nenhum devoto(a) com mais experiência deveria pregar desta forma.
No entanto, mostra o desabafo de alguém muito, muito frustrado com o modo de vida materialista.
Repare que não se fala somente sobre sexo, mas sobre diversas actividades de desfrute sensorial.

Mas não é assim mesmo???
Quando nos frustramos com o modo de vida materialista de desfrute sensorial, estamos aptos a adoptar a Consciência de Krsna???

Em relação a Igreja Católica, não percebo porque alguns devotos comparam-nos com ela.
Em termos de doutrina, a Igreja Católica é muito mais liberal neste ponto do que nós.
Como meio contraceptivo eles aceitam o relacionamento conjugal entre espôsa e espôso fora do período fértil.
Embora não considerem isto o ideal.

O Papa Paulo VI escreveu a Encíclica Humanae Vitae que define a moralidade sexual cristã.
Defende a visão tradicional da Igreja sobre métodos anticoncepcionais e aborto – ou seja, uma oposição veemente a toda forma de contracepção.
Na regulação da natalidade, deve-se recorrer à castidade conjugal.
O Papa Paulo VI explica que "não podemos considerar lícito aquilo que não é".

Porém para expressar alguma abertura permitem a vida sexual fora do período fértil.

Portanto, doutrinariamente, os Vedas são muito mais restritos.
O sexo é somente para procriação.
Não encontramos nenhum Acarya a dizer o contrário disto.
Ponto final.

Agora, somos todos livres para actuarmos como quisermos.
Tão simples quanto isto.

Você diz "..Tenho a certeza que ele (Srila Prabhupada) não lançaria mão de tais termos hoje e em qualquer circunstância. .."

Bem, esta é a sua opinião e tenho que respeitá-la, embora, não me pareça que seja bem assim.

A pregação terá que se adaptar em algumas circunstâncias.
Mas existem coisas que nunca mudam.
Uma delas é a frustração com o desfrute sensorial, que é sempre a mesma.

Você diz :"...ele usou muitas vezes de palavras fortes porque senão os hippies que se aproximavam do Movimento iriam acabar achando que a ISKCON era outra festa, outra faceta do "PAZ E AMOR", quando ele vinha para trazer uma mensagem de rara profundidade. .."

Outro dia li o depoimento de um devoto nos Estados Unidos, contando que estava "pasmado" com o que havia presenciado.
Quando foi a um Templo presenciou que os devoto(a)s já não se cumprimentavam com Vanca Kalpa e reverências, cumprimentavam- se com um: "E ai meu irmão!".
Durante a aula alguns devotos reuniram-se um pouco afastados do Templo para fumar "Ganja" e falar sobre diferentes tipos de músicas, entre outras coisas presenciadas pelo devoto.
O devoto manifestava a sua admiração.

Dá-nos o que pensar !!!

Agora, gostaria de levantar outra questão.
Geralmente argumenta-se que os devoto(a)s reprimem-se e não aceitam vida de Grhasthas, ou demoram mais do que o tempo necessário para fazê-lo, com o receio de serem considerados "caídos".
Argumenta-se que devido a isto diferentes disvirtuamentos comportamentais ocorrem como consequência.

Sempre que fala-se em vida familiar dois termos devem ser considerados:
Grhasthas e Grhamedhis.

Qual é o Grhastha que será considerado "caído" se for muito estrito na sua vida espiritual, se mantiver honestamente sua família, se estudar seriamente os Sastras, se associar-se com os Vaisnavas, se participar das actividades do Templo, se se dedicar a ordem do Guru, etc, etc.

Tal Grhastha será aceito como Mestre Espiritual de todo o mundo !!!

Fui Brahmacari durante 14 anos.
Em todo este tempo, quando tinha que expor a filosofia da Consciência de Krsna, durante as aulas ou em outras ocasiões, não lembro uma única vez que tenha falado mal de algum devoto(a) que tenha optado pela vida familiar.
Mas nós sabemos que isto ocorreu muito e quem sabe talvez ainda ocorra que mesmo Grhasthas sérios sejam considerados "caídos"
Isto é um grande erro por ignorância ou insegurança.

Lembro-me certa vez, quando ainda era Brahmacari, que alguns devotos por desconhecimento levantaram o ponto de que um Grhastha não poderia ser Mestre Espiritual.
E baseado nos Sastras, Guru e Sadhu tive que rejeitar este conceito totalmente errado.

Para aqueles que são sérios não há que recear aceitar Grhastha Ashram.
Na verdade os Grhasthas são Adhikaris, estão preparados para assumir seriamente e com responsabilidade a vida familiar.

Vosso servo
Prahladesh Dasa



Caro prabhu Praladesh, minhas reverências!Posso lhe dizer com segurança que jamais, repito, jamais disse ou tentei mudar a filosofia, no que tange princípio regulativos. Apenas, e isto sim, que penso que não é ne3cessário fazer este tipo de referência ao sexo para se pregar, isto se quisermos atarair as pessoas para Krishna e não correr elas. estou dizendo para mudar a filosofia? Claro que não, mas basta dizer que só aceitamos sexo no casamento e com fins de procriação porque o sexo nos atrela a matéria, isso ao sermos solicitados ou não pelo nosso interlocutor sobre o assunto; não precisamos dizer que ele é coisa de animais ou falar daquela forma escrita pelo devoto mistyko1, porque creia-me, não é pelo medo,mas pela beleza da filosofia, da profundiade com que se trata do metafísico que esta filosofia é encantadora. Leia tudo amigo e não retire do contexto. Esta última frase não significa que vamos omitir os faças e não-faças da filosofia, mas sim que devemos ser hábeis em pregar a filosofia se não quisermos sermos uma segunda Igreja católica, petrificada no tempo. Prabhupada queria que levássêmos adiante este movimento, e levar adiante é ser hábil(e repito, NUNCA estarei dizendo que levar adiante é MUDAR AS REGRAS, mas ser hábil em apresentá-las0 devemos ser hábeis em passar tão bela mensagem e nunca, nunca mesmo esquecermos que somos todos servos de Srila Pranhupada, não o próprio. Prabhupada disse muitas coisas, muitas mesmo, mas era Srila Prabhupada e nunca fora de contexto. E podia, porque era um devoto puro.Mas tenho certeza que ele não lancaria mão de tais termos hoje e em qualquer circusntância. Srila Prabhupada precisava lançar as bases da sua instituição, cumprir a ordem Srila Bhaktisiddhanta Sarsvati, e dentro de um contexto onde os hippies dominavam, ele usou muitas vezes de palavras fortes porque senão os hippies que então se aproximavam do movimento iriam acabar achando que a Iskcon era outra festa, outra faceta do "PAZ E AMOR", quando ela vinha para trazer uma mensagem de rara profundidade. uM BARÇO SINCERO DE UM IRMÃO!sEU SERVORamacandra Dasa