terça-feira, 26 de junho de 2007

Pranayama

Texto enviado por Pariksit Prabhu

O VERDADEIRO PROPÓSITO DA PRÁTICA DE PRANAYAMA E YOGA MÍSTICA

TRADUÇÃO
“Praticando assim rigorosas austeridades, aos poucos Maharaja Prthu tornou-se inabalável na vida espiritual e inteiramente livre de todos os desejos de atividades fruitivas. Praticou, também, exercícios respiratórios para controlar a mente e os sentidos, e, através desse controle, libertou-se por completo de todos os desejos de atividades fruitivas.”

SIGNIFICADO
A palavra pranayamaih é muito importante neste verso, porque os hatha-yogis e os astanga-yogis praticam pranayama, mas, de um modo geral, não lhe conhecem o propósito. O propósito de pranayama, ou yoga mística, é impedir a mente e os sentidos de ocuparem-se em atividades fruitivas. Os ditos yogis praticantes nos países ocidentais não fazem idéia disso. O objetivo de pranayama é adorar a Krsna, e não fortalecer o corpo e prepará-lo para o trabalho árduo. No verso anterior mencionou-se especificamente que todas as práticas de austeridades, pranayama e yoga mística realizadas por Prthu Maharaja tinham como objetivo a adoração a Krsna. Assim, Prthu Maharaja serve como perfeito exemplo também para os yogis. Tudo o que ele fez, fê-lo para satisfazer a Suprema Personalidade de Deus.
As mentes dos viciados em atividades fruitivas vivem cheias de desejos impuros. Atividades fruitivas são sintomáticas de nosso desejo poluído de dominar a natureza material. Enquanto continuemos sujeitos a desejos poluídos, somos obrigados a aceitar corpos materiais, um após o outro. Sem ter noção do verdadeiro objetivo da yoga, os ditos yogis praticam-na para manter a forma física. Assim, eles se ocupam em atividades fruitivas, o que os leva a desejar aceitar outro corpo. Eles não têm noção de que a meta última da vida é aproximar-se de Krsna. A fim de poupar semelhantes yogis de divagarem pelas diferentes espécies de vida, os sastras advertem que nesta era esta prática de yoga não passa de mera perda de tempo. O único meio de elevação é o cantar do maha-mantra Hare Krsna.
As atividades do rei Prthu ocorreram em Satya-yuga, mas, nesta nossa era, esta prática de yoga é mal interpretada por almas caídas sem capacidade de praticar nada. Conseqüentemente, os sastras prescrevem: kalau nasty eva nasty eva nasty eva gatir anyatha. A conclusão é que, se os karmis, os jnanis e os yogis não atingirem a plataforma do serviço devocional ao Senhor Krsna, suas ditas austeridades e yoga não terão valor. Naradhitah: se Hari, a Suprema Personalidade de Deus, não é adorado, não há por que praticar yoga meditativa, executar karma-yoga ou cultivar conhecimento empírico.

Quanto a pranayama, o cantar do santo nome do Senhor e o dançar em êxtase também são considerados pranayama.

No verso anterior, Sanat-kumara exortou Maharaja Prthu a ocupar-se constantemente a serviço do Senhor Supremo, Vasudeva:

yat pada-pankaja-palasa-vilasa-bhaktya
karmasayam grathitam udgrathayanti santah

Só quem adora Vasudeva pode libertar-se dos desejos de atividades fruitivas. Se não adorarem Vasudeva, os yogis e os jnanis não poderão libertar-se de tais desejos.

tadvan na rikta-matayo yatayo ‘pi ruddha-
sroto-ganas tam aranam bhaja vasudevam
(Bhag. 1.22.39)

nesta passagem, a palavra pranayama não se refere a nenhum motivo secreto. A verdadeira meta é fortalecer a mente e os sentidos para ocupá-los em serviço devocional. Na era atual, é muito fácil adquirir esta determinação: basta cantar os santos nomes – Hare Krsna, Hare Krsna, Krsna Krsna, Hare Hare / Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare.

Significados dados por sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada.

Vosso servo
Prahladesh Dasa