Do livro "Em Busca da India Védica" de SS Devamrta Swami, BBT.
"O premiado cientista e escritor Paul Davies observou que o que nós hoje chamamos de leis da natureza corresponde com muitos dos atributos formalmente designados à um controlador pessoal da natureza.
Como foi visto, somente a quatrocentos anos atrás - para não falar dos tempos Védicos - as pessoas designavam estes atributos pessoais à uma personalidade e não a leis mecanicistas.
As qualidades divinas que Davies e outros conceituados analistas discernem numa doutrina materialista contemporânea de leis cientificas são:
- As leis agora são vistas como universais.
- As leis são absolutas.
- As leis são eternas.
- As leis são omnipotentes.
Como nós entramos em contacto com estas leis?
Se elas simplesmente aparecem para nós através de funções físicas do Cosmos, como poderemos alcançá-las?
Nunca poderemos contactar este fenômeno do sistema cósmico e interagir com ele.
Somente os Físicos, com sua matemática, são realmente capazes de entender estas leis, porque todas as suas leis fundamentais da natureza são em essência matemáticas.
Portanto, o nosso desafio moderno "espiritual" é como entrar em contacto com estas subtis e abstratas entidades da matemática, as quais muitos Físicos acreditam ter um status transcendental.
No entanto,apesar do "poder divino" destas leis, em última análise elas devem ser materiais e terem sua origem na matéria, porque para um materialista, matéria - o estado fisico - é tudo o que existe.
O bioquímico molecular T.D.Singh, alertando para a inevitável armadilha que o "matéria-ismo" coloca a si mesmo, explica:
"Agora, se a natureza é simplesmente um apanhado de partículas que movem-se de acordo com equações matemáticas, seria possível predizer eventos como o nascimento, morte, acidentes, e guerras com a ajuda destas equações.
Na verdade, deveria ser possível compreender questões mais profundas da vida - passado, presente e futuro - em termos de equações matemáticas.
No entanto, todos os pensadores cuidadosos, especialmente os cientistas, sabem que isto é impossível - que uma aproximação matemática para entender a vida é algo completamente restritivo e muito insatisfatório."
Parece que está a faltar alguma coisa?
Sim - entendimento, significado e informação.
Mais precisamente, nossa consciência.
Os grandes cérebros aparentemente construíram este edifício mecanicista intrincado simplesmente para substituir uma supervisão pessoal da natureza.
Mas ao fazê-lo, substituem-se a si mesmos - entidades conscientes.
Todo o esquema entra em colapso quando a consciência e suas propriedades inacessíveis de entendimento, significado e informação são especificados.
A ciência enterrada no seu materialismo tem que demostrar como a consciência - "algo" que possui subjetividade, um sentido pessoal de ser - emerge da objetividade, da matéria inerte.
Mais precisamente, como tal "coisa" crucial - que não possui nem massa nem ocupa nenhum espaço - provém da matéria, o qual é massa e espaço?
Ao serem finalmente confrontados com a irrefutável realidade da consciência, os materialistas ocidentais tem como única esperança traçar ou definir a consciência como uma substância material.
Desta forma tentam encaixar esta noção nas leis matemáticas "omnipotentes, absolutas, universais e eternas".
No entanto...
Desde que a consciência não é fisica e nem química, as leis matemáticas que governam as actividades da matéria inerte, não aplicam-se-lhe.
No entanto, é razoável dizer que devem haver algumas leis e um governo para a consciência e suas actividades.
A Literatura Védica levá-nos a compreender, com todo seu conhecimento muito antigo, que a consciência é a base irredutível da função cósmica.
Esta irredutibilidade da consciência pessoal so poderá ser efetivamente explicada quando nós aceitarmos a consciência como uma energia não material, uma partícula subjectiva da alma espiritual."
Hare Krsna !!!
Vosso servo
Prahladesh Dasa