Na citação a seguir, Sripada Namanandi Aindra Das Prabhu adverte sobre o perigo de negligenciar o aprofundamento da conceptualização interna de serviço a Krsna, o que pode provocar no praticante "um vácuo devocional" que o levará a preenchê-lo com Rasas mundanas grosseiras e subtis. Ou em outras palavras, "mastigar o mastigado":
"É insuficiente simplesmente conhecer pela negação de que "eu não sou "este" [ilusório material] corpo." Chega um determinado ponto, que um indivíduo seriamente inquisitivo inevitavelmente pergunta: "Se eu não sou "este" corpo, então qual corpo sou eu?" Mais do que a idéia indescritível de ser um "servo eterno de Krsna" e de ser uma entidade espiritual, além do tabernáculo psico-físico presentemente adquirido, poder teoricamente estar bastante arraigada no cérebro, apenas a compreensão de que "eu não sou "este" corpo" sem cultivar um conceito espiritual superior interno de vida tende a proporcionar ao "eu" uma insatisfação interna espiritual "sem forma" (Nirakara) vulnerável a um egoismo corpóreo nostálgico de que "alguma coisa é melhor que nada" e fazer o indivíduo retornar as Rasas mundanas subtis ou grosseiras.
Duas áreas de conhecimento e realização precisam ser claramente estabelecidas na questão da resolução de um Sadhaka solidamente implementar a prática e aperfeiçoamento de Vraja Bhakti Bhajana. Deve-se compreender precisamente os princípios de Rasa Tattva, bem como o objecto de adoração e Rasa (upasya-pariskriti), que é Sri Krsna, e o individuo deve também estar ciente do papel constitucional e da natureza intrínseca do adorador (upasaka-pariskriti), pertinente a compreensão do Ekadasha Bhava do individuo. Incompetentes neófitos aos quais falta Lobha-maya-shraddha devocional pura caracterizada por Saranagati anexa ou uma disposição de entrega abnegada e que ainda não ultrapassaram a fase de Krama-hina-shravana-dasha (audição sem qualidade) nunca devem ser directamente orientados sobre os meandros esotéricos da cultura interna de Raganuga Bhajana, caso contrário podem interpretar muito mal e fazer uma paródia de todo o assunto. Se, por outro lado, um discípulo espiritualmente elegível e digno, por qualquer motivo, não recebe a facilidade de obter instrucções essenciais e relevantes sobre a configuração positiva do apropriado Vraja Svarupa interno, quando realmente necessário para o progresso, então há todo o perigo que o praticante inexperiente, não guiado, ou espiritualmente obstruído infelizmente possa cair numa vida de Anarthas, como tem sido, lamentavelmente, mais de uma vez evidenciado na sociedade contemporânea Vaisnava.
É verdade que num determinado ponto no tempo após o desaparecimento do Senhor Gauranga um certo número de Sampradayic charlatões colocaram-se como herdeiros dos legados dos Siddha Rasika Acaryas Vaisnavas tendendo a conceder indiscriminadamente o que veio a ser denominado como "Siddha-pranali-diksa" para inaptos, materialmente absortos, discípulos de imitação, sem tomar o cuidado de perceber o grau inadequado de Lobha-maya-shraddha destes mesmos discípulos. Não deve surpreender ninguém que grandes devotos leais Maha-bhagavata do Senhor, como Srila Gaurakisora Dasa Babaji Maharaja, Srila Bhaktivinoda Thakura e Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Prabhupada foram contra tais abusos. Entre outros ajustes, Bhaktisiddhanta Sarasvati achou por bem não enfatizar a revelação de Ekadasha-bhava para a massa geral de seus seguidores, em deferência a todo o processo de purificação de Nama-sankirtana e é de facto conhecido ter concedido o sistema de Ekadasha-bhava de conceptualização do Vraja Svarupa interno somente para poucos merecedores. Sucessões discipulares contemporâneas, no entanto, parecem ser duramente pressionadas para reunir a capacitação necessária para implementar e viabilizar a transmissão de Ekadasha-bhava para alguém, como para não sugerir uma probabilidade futura de uma imcompetência devocional interna entre as gerações vindouras de Gurus e discípulos.
Embora a dependência absoluta sobre Siddha-pranali-diksa tal como para a evolução ao Raganuga Sadhana seja negado na doutrina Sarasvata, a instrucção oportuna (Siksa), relativa ao internamente concebido Siddha-deha é essencial. Se os membros do Movimento da Consciência de Krsna não podem vir para a posição de ter qualificação suficiente, sinceridade e determinação para merecer receber tal instrucção esotérica, então o que se poderia esperar do poder de purificação e eficácia do processo devocional que seguimos? Só porque individuos não treinados, inaptos, baratos, hipócritas como macacos desprovidos de propriedades reguladoras devocionais não devam ser instruído esotericamente além de seu nível real de competência espiritual, como está sendo feito atualmente por alguns com características excessivamente brandas, isto não significa que todos os discípulos altamente qualificados devam ser considerados "bambinos" ao longo de toda sua vida devocional, totalmente negando-lhes acesso a tal mecanismo interno inestimável devocional." (Sripada Aindra Prabhu)
Vosso servo
Prahladesh Dasa Adhikari