O Citra Kavitvani está no Stava Mala de Srila Rupa Goswami.
O texto 6 descreve Sarpa Bandhah, a construcção da serpente.
É uma "poesia visual" muito bela pois esta relacionada com a Consciência de Krsna.
Por SS Sivarama Swami:
"Estas imagens, Citra, elas parecem extraordinárias para as pessoas porque as pessoas esperam que a poesia simplesmente rime ou que tenha uma boa expressão literária. As pessoas não esperam que a poesia transmita algo visual. E assim quando você mapeia as letras e sílabas e isto transforma-se num lótus ou numa outra forma, isto é extraordinário porque não é isto que se espera, que a poesia seja visual mas algo que deve ser ouvido. Mas isto deve-se a limitação do mundo material. Na plataforma espiritual, a poesia também tem sabor, de outra forma porque você diz "doce", e assim Madhuram madhuram é também doce e também tem aroma e tem som, todas as experiências sensoriais estão lá a nível espiritual. Uma forma de expressão de um único sentido não está restrito a somente este sentido, mas é percebido por todos os outros sentidos de uma forma natural. Todas as manhãs nós cantamos Angani yasya sakalendriya vrittimanti , que um sentido executa as funções de outro sentido. Esta é a potência inconcebíbel de Krsna que manifesta-se nos devotos devido a força de Prema. Prema manifesta Acintya Sakti e você pode ouvir com seus olhos. Da mesma forma o cantar puro do Santo Nome produz efeito em todos os sentidos."
Por Sraddhadevi Prabhvi:
"Os versos do Citra Kavitvani não são apenas incríveis no conteúdo (apresentando a grande capacidade de Srila Rupa Goswami), mas também na construção. Por exemplo, os dois primeiros versos usam apenas duas consoantes com as vogais no conjunto da formação do verso. Outro verso usa a construção de um Chakra, ou uma roda, onde as três primeiras linhas do verso, os três raios do Chakra, exigindo a sílaba do meio de cada linha para combinar e formar a sílaba central do Chakra inteiro. Em seguida, a quarta linha do verso roda de tal maneira para formar os raios e criar a borda do Chakra, e uma forma mais elaborada exige seis sílabas onde os raios e o aro encontram-se. A construção dos versos tornam-se cada vez mais elaborados a medida que os versos progridem, movendo-se em formações como a cobra, lótus e tambor.”
Texto 6
rase saranga-sanghacita-nava-nalina-praya-vaksah-stha-dama
barhalankara-hara-sphurad-amala-maha-raga-citre jayaya
gopalo dasa-vithi-lalita-hita-rava-sphara-hasah sthiratma
navyo 'jasram kshanopashrita-vitata-balo vikshya rangam babhashe
rase-na arena da dança da rasa; saranga-com abelhas; sanghacita-cheio; nava-novo; nalina-lotus; praya-abundancia; vaksah-no peito; stha-situado; dama-guirlanda; barha-pena de pavão; alankara-ornamento; hara-guirlanda; sphurat-cintilante; amala-esplendido; maha-grande; raga-cores; citre-imagens; jayaya-victoria; gopalah-Gopala; dasa-dos devotos; vithi-multitudes; lalita-prazeroso; hita-auspicioso; rava-som; sphara-amplo; hasah-sorriso; sthiratma-fixo no coração; navyah-jovem; ajasram-eternamente; kshana-no festival; upashrita-aproximado; vitata-expandido; balah-formas; vikshya-vendo; rangam-a arena de dança; babhashe-intervenção.
"O Senhor Gopala, cuja peito foi decorado com uma guirlanda de lótus fresca que atraiu muitas abelhas, e que foi decorado com uma pena de pavão, um colar, e uma Tilaka esplêndida desenhada em cores minerais, cujos sorrisos e palavras auspiciosas deleitam os devotos, que é pacífico e eternamente jovem, e que expandiu-Se em muitas formas durante a dança, exclamou "Jaya!" quando viu a cena da dança da Rasa."
Nota: Este verso é concebido na forma de uma serpente, como demonstra a imagem acima. Na cabeça da serpente está a sílaba raa, depois se, depois saa, depois ra, depois nga.......
Vosso servo
Prahladesh Dasa