terça-feira, 10 de julho de 2007

Devi Dasi


No Daiva Varnasrama a divisão social é feita por qualificação.
Ainda que o Dharma para uma mulher seja específico, se ela apresentar qualificações e interesses diferentes, deve ser incentivada.

Visakha Devi Dasi é graduada pelo Instituto de Tecnologia de Rochester e também fotógrafa profissional e perita em fotomicrografia.
Ela salienta:
"As mulheres na Consciência de Krsna cantam, escrevem, fotografam, pintam, actuam, esculpem, ensinam e dançam.
Uma das minhas irmãs espirituais na comunidade rural de West Virginia é arquiteta.
Ela agora esta auxiliando no projeto do novo Templo que os devotos planejam construir nos próximos anos.
Portanto, não há nenhum impedimento para as mulheres que queiram usar seus talentos especiais para servir Krsna."

Toda discriminação sexista deve ser rejeitada pois não condiz com o sistema Vaisnava de Daiva Varnasrama Dharma.

Na verdade, a tradição Gaudiya Vaisnava é contra o sexismo e o casteismo.

Toda a base verdadeira de igualdade reside na noção do Atma, o Eu além da designação corpórea.
No entanto, a cultura Védica salienta a importância de reconhecer as diferenças físicas e psicológicas como uma realidade prática.
A igualdade manifesta-se através do Sanatana Dharma e as diferenças condicionantes através do Daiva Varnasrama Dharma.
Falhar em reconhecer a igualdade espiritual ou negar as diferenças externas são ambos considerados como um sinal de ignorância contrário ao Dharma.
A igualdade espiritual é afirmada por discernir as diferenças materiais, e reconhecê-las pelo o que elas são - em última análise superficiais mas relevantes na pratica.

Os homens não podem fazer o trabalho das mulheres do que as mulheres podem fazer o dos homens. Ou seja, haverá uma subversão da disciplina doméstica e da ordem familiar, e haverá um declínio social.
As crianças crescerão sem educação e negligenciadas.

De acordo com o Dharma feminino, uma mulher pode purificar e manter uma civilização inteira.

A seguir algumas declarações da Doutora Vinod Verma, Bióloga da Reprodução na Índia, Professora de Neurobiologia da Universidade de Paris, especialista em Ayur Veda no estilo tradicional de Guru Sisya iniciada pelo Acarya Priya Vrata Sharma, da Universidade de Benares:

"A mulher é o núcleo da mais pequena unidade social e, quando não está bem predomina a confusão e o caos no presente e no futuro.

Uma mulher é geralmente a força central da família, uma vez que é no seu útero que a família se reproduz.
Na gravidez, no parto e na amamentação, ela tem um papel exclusivo.
Os seus pequenos dependem dela, agarram-se aos peitos e sentem-se seguros na sua vizinhança.
Uma mulher simboliza a terra, que dá protecção, alimento e segurança.
É como uma grande figueira- de-bengala e cuja sombra fresca as crianças e o pai procuram conforto.
É generosa e opulenta.
Esta é sua Prakriti, a sua natureza geral, embora hajam excepções.
A generosidade da mulher não significa, porém, que outros à sua volta se sirvam dela sem a devida compensação.
A relação com uma mulher é como a nossa relação com a terra.
Em civilizações antigas, a terra e os seus atributos - os rios, lagos, montanhas, árvores e vegetação - eram adorados.
As pessoas mostravam a sua gratidão através de cerimônias; em caso de catástrofes tentavam apaziguar a sua ira de várias maneiras.

As pessoas das modernas civilizações industriais cometeram, porém, erros crassos irreversíveis em termos ambientais.
Após vários séculos de exploração, tomaram agora consciência da gravidade dos seus actos e iniciaram tentativas de sarar as feridas.
Há quem diga que as raízes da exploração, tanto da natureza como das mulheres, foram lançadas pelos pioneiros da ciência moderna.

Se os que rodeiam uma mulher se aproveitarem indevidamente de sua generosidade, se não lhe mostrarem a sua gratidão e respeito , ela torna-se presa do desconforto e de doenças, tal como a mãe terra.

Esta falta de bem estar pode influenciar o futuro.
Má saúde e o infeliz estado mental de uma mulher afectam adversamente até ainda os filhos que estáo para nascer, que podem vir a ser inseguros, mães frustradas propensas a problemas mentais.
A felicidade e a saúde de uma mulher são importantes para o nosso presente e nosso futuro.

Falar do bem estar das mulheres não implica negligenciar o dos homens e o das crianças.
Mas se uma mulher for ignorada e viver em condições de dor e desconforto mental, as crianças e o pai também sofrem.

A natureza básica do homem e da mulher diferem por causa da proporção das componentes feminina e masculina neles presentes.

Há sempre uma grande discussão acerca deste assunto em todas as sociedades civilizadas.
Em muitas culturas são atribuídas características esteriotipadas a um ou a outro sexo, prejudicando a delicadeza e a flexibilidade de quase todas as relações.

Existem componentes masculina e feminina tanto no homem como na mulher, mas a proporção varia de um para o outro - bem como dentro do mesmo sexo.
Expressões como "um homem feminino" ou "uma mulher masculina" são muito vulgares em muitas línguas e usam-se para descrever indivíduos em que se considera que essa proporção é demasiado desiquilibrada.

Há mais Sattva e Tamas do que Rajas na componente feminina.
Na componente masculina, predomina o Rajas, enquanto o Sattva e o Tamas são menos importantes.
É a proporção destas qualidades que torna as componentes masculina e feminina diferentes umas das outras.

Uma mulher com 20 por cento da componente masculina e 80 por cento da componente feminina, terá 26 por cento de Rajas e 37 por cento de Sattva e Tamas.
Um homem com 80 por cento da componente masculina e 20 por cento da componente feminina terá 44 por cento de Rajas e 28 por cento de Tamas e Sattva.
Mas podem existir variações.

Os atributos inatos das mulheres e dos homens emergem das diferentes proporções das três qualidades.
Os atributos masculinos implicam actividade, acção e movimento.
Os atributos femeninos são tranquilidade, espiritualidade, criação, assistência, etc.

Estas características podem observar-se prontamente em crianças pequenas.
As meninas são normalmente mais pacíficas mais estáveis e mais calmas do que os meninos, que saltam e se mexem muito.
Frequentemente, as meninas brincam com bonecas tomando conta delas, dando-lhes assistência e pondo-as a dormir.
Há quem diga que estas características são resultantes da imposição de normas sociais pelos pais.
Não é verdade. Se assim fosse, todas as mães que estivessem exaustas por causa do comportamento travesso dos seus meninos conseguiriam manipulá-los facilmente.

Portanto, como se assinalou anteriormente, uma mulher tem mais Tamas e Sattva dentro de si do que Rajas.
É a qualidade dominante Tamas com um pouco de Rajas que dá à mulher o desejo de fazer um lar e de estar num mesmo lugar e desejar ter uma família.

A livre expressão e compreensão das qualidades um do outro são essenciais para o companheirismo entre a mulher e o homem.

Só com compreensão, paciência e generosidade de uma para com os outros é que os homens e as mulheres podem levar uma existência harmoniosa.
Por exemplo, uma mulher não deve ser excessivamente afirmativa mas deve deixar o homem exprimir a sua qualidade de Rajas participando em acontecimentos que envolvam acção e movimento.
Se a sua expressão de Rajas for excessiva deve subtilmente envolver o homem em práticas que tragam sossego à mente.
Por seu turno, um homem deve compreender o desejo de uma mulher de ter família e um lar, e ainda assim encorajar, e não suprimir, o Rajas dela.
Se o Rajas que há nela for suprimido, o Tamas aumenta, levando a angústia, a depressão e por vezes a erupções de ira.
Também deve compreender a gentil qualidade de maternidade dela e não ficar zangado com ela por ser indulgente para com os filhos."

Fim das citações

Meia pessoa simplesmente devido aos atributos femininos (na maioria das mulheres, mas não em todas) de tranquilidade, espiritualidade, criação, assistência e não porque é inferior.

Não há dúvida de que qualquer homem ou mulher - se estão em serviço devocional puro - poderão actuar como um Guru e ajudar a todos.

Na tradição Védica existiram grandes mulheres como Cintamani, mestre espiritual de Bilvamangala Thakur e Suniti, a mãe de Dhruva Maharaja que deu o segredo do serviço devocional para seu filho.

É um facto que nenhuma barreira material pode impedir a execução do serviço devocional.
Portanto, não importando se alguém é homem ou mulher, é preciso ocupar-se em propagar a mensagem da Consciência de Krsna.

Todos devem ser educados em saber que um Guru não tem que ser necessariamente um Sannyasi ou mesmo um homem.

Na tradição Gaudiya Vaisnava existiram mulheres que actuaram como Siksa e Diksa Gurus.
Jahnavi Devi, a esposa de Nityananda Prabhu.
Gangamata Goswamini que iniciou o Rei Mukunda Deva e muitos Brahmanas

Ou seja, quem for qualificado - seja homem ou mulher - pode tornar-se um Guru.

Embora por uma questão social prática, as mulheres não aceitem Sannyasa, na tradição Gaudiya Vaisnava todas as grandes Vaisnavis exerceram uma grande influência.
Mais do que aceitar meramente a formalidade externa da ordem de Sannyasa, o importante é a realização pessoal.

De acordo com os seguidores de Sankaracarya e os Smarta Brahmanas é preciso nascer numa família de Brahmanas e então aceitar Sannyasa para obter a liberação.

Devido a esta influência muitos devotos almejam a aceitação formal de Sannyasa.

No entanto, mais importante do que isto, é a substância da ordem renunciada.

Srila Prabhupada explica:
"Esta vestimenta formal não é Sannyasa. Verdadeira Sannyasa é quando uma pessoa induz outras pessoas a tornarem-se conscientes de Krsna e a dançarem em Consciência de Krsna.
Se você puder tornar somente uma pessoa consciente de Krsna então você voltará a Deus, ao Lar, isto é garantido.
Este é o verdadeiro propósito de Sannyasa." SPT 20/2/70

Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur introduziu o Vaisnava Sannyasa, entre outras razões, para trazer dignidade a linha Gaudiya Vaisnava aos olhos das pessoas em geral que estavam influenciadas pelos seguidores de Sankaracarya e os Smartas Brahmanas, os quais consideravam a ordem de Sannyasa essencial.

Além disso, quando alguém avança espiritualmente, seja homem ou mulher, sentirá a necessidade, pelo desejo de Krsna Ele mesmo de deixar fluir todo o néctar espiritual.
E assim esta pessoa como um serviço a Krsna e ao Guru será um instrumento poderoso na propagação da cultura espiritual.

Muitas qualidades na língua Sânscrita são consideradas femininas, e entre elas, estas sete representam Krsna. Os homens também podem possuir estas qualidades.
Srila Prabhupada explica no significado BG 10.34:
"As sete opulências enumeradas - fama, fortuna, linguagem afável, memória, inteligência, firmeza e paciência - são consideradas femininas. Se alguém possui todas elas ou algumas delas, torna-se glorioso. Se um homem tem fama de virtuoso, isto o torna glorioso."
Em relação a mulher ser menos inteligente, isto simplesmente refere-se a que de um modo geral uma mulher tem mais Tamas e Sattva dentro de si do que Rajas.
É a qualidade dominante Tamas com um pouco de Rajas que dá à mulher o desejo de fazer um lar e de estar num mesmo lugar e desejar ter uma família.
Há mais Sattva e Tamas do que Rajas na componente feminina.
Na componente masculina, predomina o Rajas, enquanto o Sattva e o Tamas são menos importantes.
É a proporção destas qualidades que torna as componentes masculina e feminina diferentes umas das outras.

Uma mulher com 20 por cento da componente masculina e 80 por cento da componente feminina, terá 26 por cento de Rajas e 37 por cento de Sattva e Tamas.
Um homem com 80 por cento da componente masculina e 20 por cento da componente feminina terá 44 por cento de Rajas e 28 por cento de Tamas e Sattva.
Mas podem existir variações.

Por Bhagavan Prabhu (DVS):

"Outra explicação que já ouvi, de Devamrta Svami, é que a mulher é menos inteligente no sentido de inocência, de sempre acreditar no que lhe dizem. O exemplo que Devamrta Svami dá é de um homem dizendo que nunca esteve similarmente apaixonado como está pela mulher com quem fala. Essa tendência da mulher a se render é o que faz com que se degrade caso os líderes da sociedade degradem-se também. A ausência de inteligência da mulher – ou a inteligência inocente – é perigosa somente quando voltada para a rendição de alguém indigno, daí o medo de Arjuna de não haver abrigos dignos, como Drona, Yudhisthira, Bhisma e tantos outros que poderiam ser mortos. Essa inteligência da mulher, contudo, é perfeita para Krsna, pois se uma mulher deposita sua inocência e tendência a acreditar e se render em Krsna, ela está completamente segura, pois Krsna nunca Se degrada ou desenvolve mentalidade de exploração, dado que é respectivamente o controlador dos gunas e auto-satisfeito.


Arjuna quer que os refúgios das mulheres continuem vivendo para que elas fiquem protegidas, visto que a sociedade em que ele se inseria já estava assim estruturada; já Kapiladeva – corrijam-me se eu disser algum disparate – sabe que o refúgio oferecido pelo homem é fugidio, pois Sua mãe foi deixada por Seu pai, que tomou sannyasa, e Ele, o filho único, também poderia morrer a qualquer momento ou ser vitimado por maya (supondo que Ele fosse uma pessoa comum, o que Ele não é, como sabemos). Diante dessa situação, Ele torna Sua mãe independente munindo a inteligência dela com conhecimento transcendental. A mentalidade de Arjuna é em um contexto distante do nosso, isto é, proteger as mulheres ali na Índia de 5000 anos atrás mantendo a formação que elas e a sociedade tinham em todas as diferentes estruturas, enquanto que Kapila pensa em dar uma nova formação para Sua mãe, tornando-a inviolável por qualquer mudança externa. Convenhamos que a proteção de Kapila é a mais relevante para o nosso contexto de pregação, onde não há sequer duas dúzias de homens que foram treinados para proteger a mulher em sua estrutura emocional, espiritual, etc. Tanto o homem como a mulher devem receber formação intelectual absoluta, de forma que sejam independentes, e quando duas pessoas independentes e completas se unem, isso significa um casamento vitalício, como gosta Prabhupada. Na minha opinião, Kapila é o epítome da proteção à mulher: proteção sem dependência, o que vem da oferta de amplo conhecimento espiritual ao intelecto; então se a mulher conseguir proteção financeira, emocional, etc. “é lucro”, mas, sem isso, ela também não ficará de todo desalentada, como acontece em países onde se mantém a posição subordinada da mulher, mas não se mantém a posição de austeridade, autocontrole e treinamento ariano intenso do homem. Se somarmos a proteção também material de Arjuna que dura enquanto o protetor dura, mais a proteção de Kapila baseada na inteligência, que acompanha a mulher eternamente – a segunda sendo mais importante do que a primeira –, então a mulher na ISKCON estará segura até a volta ao lar."

Por Gitamrta Prabhvi e Dina Bandhu

O senhor escreveu:

“No sistema varnasrama só os homens eram educados desde a infância até aos vinte e cinco anos nos ensinamentos religiosos e sociais”.

Na verdade essa premissa é errônea. O ambiente de educação era diferente, em primeiro lugar, porque os homens passavam a morar com o guru e sua esposa (!) e as mulheres eram educadas em casa. Mas não só as mulheres eram educadas pelos parentes e tutores escolhidos por esses, como a educação era feita de acordo com o varna e tinha o acréscimo de aprender artes femininas, claro.

Dessa forma, as mulheres brahmanas eram versadas nos Vedas e dominavam a prática ritual, pois, os brahmanas ritualísticos só executavam os sacrifícios juntamente com as esposas, as quais tinham funções práticas na arena sacrificial, e assumiam o ritual caso o marido faltasse por alguma razão e não pudesse concluí-lo. Além disso, sempre existiram mulheres ascetas e filósofas, cujos hinos ficaram registrados com o nome de sua autora no Rig-veda ou tiveram a fama perpetuada na tradição como Gargi, que desafiou filosoficamente Yajñavalkya, por exemplo, nas Upanishads. Logicamente, em número as mulheres perdiam para os pensadores, mas só aí.

Em relação ao varna kshatriya, as mulheres eram treinadas inclusive em armas e luta, como é narrado no Mahabharata. Temos que entender que os cônjuges eram treinados para serem compatíveis, isso significa ter o mesmo conhecimento, as mesmas práticas, os mesmos gostos, para terem uma relação agradável, satisfatória. Uma vez que você nascesse em um determinado varna, determinado por humor, karma e guna, você estava apto a assumir todas as atividades do varna, independente do gênero. Por exemplo, como os kshatriyas eram versados nos Vedas, temos exemplos de discussões altamente filosóficas de Kunti, sejam suas orações quando da partida de Krishna, ou quando derrotava filosoficamente Yudhisthira, dharma personificado e seu filho (vê-se o episódio da derrota do rakshasa devorador de homens no qual Kunti decide oferecer Bhima em sacrifício ao rakshasa para salvar a família de brahmanas que receberam sua família, e convence Yudhisthira apresentando os argumentos védicos de proteção aos brahmanas, dos deveres dos kshatriyas e da supremacia do conhecimento dos seniores, no caso, do conhecimento que ela possui em comparação com o dele).

“Por isso, eles (os homens) eram mais qualificados para administrar estes assuntos ao passo que as mulheres não tinham este treinamento.

As mulheres eram educadas e preparadas desde meninas para se casarem bem cedo. Por isso, se tais homens formados nestes assuntos faltassem, elas não teriam o devido preparo para assumir tal responsabilidade com a devida firmeza. Apesar de serem inteligentes e direitas, elas não teriam a suficiente maestria para ensinar seus filhos nas técnicas da conduta social ideal nem nos rituais, mantras, filosofias, dogmas, significados ocultos, etc, dos procedimentos religiosos (e nem teriam tempo pra isso e ainda cuidar da casa). Esses filhos sem o devido conhecimento não controlariam seus sentidos e impulsos da mente e se tornariam iguais os adolescentes de hoje. E toda a população ficaria assim como esta de hoje em dia.”

Não conheço nenhuma referência shastrica que apóie esta descrição da mulher. Existe, sim, o termo brahmacarini no Manu-smrti, ou seja, estudante mulher celibatária, brahmavadini, ou estudante feminina vitalícia, especialista em filosofia e teologia, e sadyodvahas, ou estudantes até a idade do casamento, a partir dos 16 anos. Estudantes que aprendiam as orações a serem feitas pela manhã e ao entardecer e a fazer as oferendas ao fogo nesses horários. Haveria mais diferença entre mulheres de varnas diferentes do que entre homens e mulheres de mesmo varna.

Acredito que o risco da irreligião citada por Arjuna se voltaria mais à fragilidade da condição física das mulheres e sua exposição uma vez que os kshatriyas protetores guerreiros faltassem; à possibilidade de serem sujeitas a relacionamentos com outros varnas e progênie oriunda de miscigenação, o que é veementemente desaconselhado na cultura védica, principalmente entre mulheres de varnas superiores e homens de varnas inferiores.

Quanto à transmissão da tradição, Jahnavi devi, esposa de Nityananda, não só foi a diksha-guru de seus filhos, como é responsável pela sistematização e perpetuação do movimento de sankirtana após o desaparecimento do Pañca-tattva e dos gosvamis de Vrndavana. Dessa forma, não só devemos a ela ter o vaishnavismo chegado até nós, como temos que vê-la como nossa guru."

Vosso servo
Prahladesh Dasa Adhikari